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Financiamento para sistemas de energia solar: 4 erros a serem evitados

Saiba o que não fazer na hora de solicitar crédito para a compra de kit fotovoltaico e evite dor de cabeça

Autor: 22 de setembro de 2021Opinião
5 minutos de leitura
Financiamento para sistemas de energia solar: 4 erros a serem evitados

A compra de um sistema fotovoltaico representa uma economia na conta de luz no fim do mês. Porém, nem sempre é possível fazer essa aquisição à vista, sendo necessário buscar no mercado uma forma de viabilizar este investimento. 

Uma saída comum é o financiamento para compra de kits fotovoltaicos. Entretanto, para que a realização do sonho de ter um sistema solar não se transforme em pesadelo, é essencial ter alguns cuidados para não cometer erros. Veja os principais.

1) Má comunicação com o cliente final

Antes de explicarmos o impacto da falha, vamos demonstrar o significado de cinco sílabas que juntas formam uma palavra que possui extrema relevância em nosso dia a dia, a comunicação.

De acordo com  o dicionário Michaelis (2021), comunicação é “ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o transmissor e o receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados de signos e símbolos.”

É de suma importância ter uma ótima comunicação com o cliente final (pessoa que está adquirindo o kit fotovoltaico). O mesmo precisa estar ciente sobre diversos pontos de sua compra, bem como estar a par da análise de crédito por parte da instituição financeira. É muito comum ocorrerem recusas ou cancelamento de propostas de financiamento justamente porque a empresa intermediadora não avisou o cliente sobre o contato que o banco irá fazer – por consequência, chegamos ao resultado: um imenso transtorno. 

Assim que a central da instituição financeira contata o seu cliente existem confirmações a serem realizadas, tais como: condições da proposta e  empresa vinculada. É exatamente neste passo que todo o potencial de aprovação entra em declínio, justamente porque o analista de crédito informa a razão social (ou nome fantasia) do distribuidor e não da empresa instaladora,

Contudo, a negociação cai no seguinte cenário: o cliente final sabe da existência da empresa intermediadora (instaladora) que está lhe vendendo todo o projeto. Entretanto, não tem noção de quem é a distribuidora dos equipamentos. Por lógica, ao receber o contato do banco irá desconhecer a compra. Após o banco enxergar que o mesmo não tem ciência da compra dificilmente a proposta poderá ser revertida em um curto intervalo de tempo.

A regra é clara: mantenha o seu cliente final informado sobre as consultas em seu CPF e contatos que as instituições financeiras irão realizar para não haver problemas.

2) Dados e informações desatualizadas

Por vezes é complicado recolher demasiadas informações que as instituições financeiras solicitam, na maioria das ocasiões as empresas intermediadoras (instaladoras) se sentem incomodadas em pedir documentos ao cliente.  Entretanto, se faz necessário dispor dos arquivos atualizados a fim de evitar erros que podem retardar a finalização da venda.

Após seguir com uma boa comunicação junto ao cliente, basta explicar que os documentos solicitados são importantes e necessários para que seja possível otimizar o tempo e tornar o processo mais eficiente, bem como seguro.

Ressalva: além de atenuar a importância dos documentos, fica a dica sobre a LGPD (lei geral da proteção de dados). Você que está lendo o referido artigo deve ter noção de que é responsável pelo tráfego dos arquivos e pela segurança dos mesmos.

3) Realizar ajustes de última hora que impactam o valor financiado

É imprescindível que antes do envio da proposta de financiamento todo o projeto (no quesito valores e itens) esteja pré definido. Mas por quê?

A todo momento o seu cliente está movimentando seu CPF/CNPJ e por consequência o seu perfil financeiro (score) pode ser modificado, ou seja, não há como garantir uma aprovação por muito tempo justamente porque os riscos nunca serão os mesmos. 

O score é um indicador do seu perfil financeiro e pode ser consultado por empresas e bancos. Ele é uma pontuação entre 0 e 1000 que indica a probabilidade de alguém atrasar ou não o pagamento de uma conta. 

Essa pontuação é considerada por instituições financeiras e empresas antes de concederem crédito – seja ele através de um cartão, empréstimo ou financiamento.  (Fonte: NUBANK, 2021)

Vale ressaltar que a maioria das instituições financeiras possui taxas que variam de acordo com o perfil do cliente, ou seja, é mais um ponto a ter alerta, pois no ato de um possível ajuste dificilmente as condições aprovadas serão as mesmas.

4) Não entender a dinâmica do financiamento escolhido

Não é necessário ser expert, entretanto, cada instituição financeira possui regras, bem como um fluxo de contratação. Saber o mínimo (e o mais importante) é um diferencial. 

Para toda e qualquer empresa a autonomia é um ponto que precisa existir a fim de alavancar as vendas. Se você possui ao menos uma breve noção dos passos a serem seguidos, ganhará tempo na negociação e conseguirá passar confiança ao cliente. Exemplos: como funciona o envio da proposta, quais são os documentos, as regras de nota fiscal, os pagamentos e outros pontos.

Contudo, sempre tente evitar os erros acima citados. Busque estabelecer uma boa sinergia entre cliente e empresa, bem como uma ótima comunicação com todos os envolvidos no processo a fim de que em caso de qualquer modificação não ocorram transtornos que prejudiquem o seu relacionamento comercial entre as partes. 

Referências

Amanda Barbosa

Amanda Barbosa

Graduada em Comércio Exterior pela Fatec Barueri – Faculdade de Tecnologia de Barueri e Pós-graduada em Administração Estratégica com foco em Finanças pela FIA Business School. Desde 2018 atua no setor fotovoltaico, possui experiência em risco de crédito e cobrança, meios de pagamento e prevenção a fraude, operações de financiamentos, negociações e gestão da organização. Atua na Amara NZero desde o início de suas operações no fotovoltaico - matriz Brasil, foi a responsável pela estruturação do setor de Financiamentos, assim como também pela criação e estruturação do Departamento de Crédito e Cobrança e atualmente é responsável pela criação e consolidação do setor de Produtos Financeiros na Amara NZero.

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