Empreendimentos de energia solar de geração centralizada devem gerar mais de R$ 90 bilhões em investimentos e mais 570 mil empregos no Brasil até 2026. É o que apontam dados apresentados pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Em reunião realizada com o chefe da Pasta na semana passada, a associação defendeu que a geração fotovoltaica por meio das grandes usinas também será uma peça chave para a produção de hidrogênio verde, uma vez que se trata da fonte renovável mais competitiva do mercado.
Durante o encontro, a ABSOLAR destacou ainda que as usinas de micro e minigeração distribuída também poderão trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios para a sociedade brasileira até 2031, ajudando a baratear a conta de luz dos consumidores em pelo menos 5,6% no período.
Outro tema abordado na conversa com o ministro foi a utilização da energia solar em programas sociais do Governo Federal, como o Programa Minha Casa Minha Vida e o Programa Luz para Todos.
Também foram discutidas estratégias para intensificar a transição energética e a descarbonização da Amazônia, utilizando sistemas de energia solar com baterias para levar eletricidade às regiões de difícil acesso.
Na visão de Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, o fortalecimento de políticas públicas que promovam a transição energética no Brasil contribuirão para posicionar o país como uma liderança no combate às mudanças climáticas e na oferta de produtos e serviços sustentáveis ao mundo.
“A reunião foi muito produtiva e motivadora, pois identificamos várias oportunidades de sinergia e espaços de trabalho colaborativo e construtivo. Passamos a mensagem de que o setor solar está preparado para contribuir, de forma decisiva, com a redução das emissões de gases de efeito estufa nas matrizes elétrica e energética do Brasil”, disse ele.