GD e hibridização: liberando o potencial solar na transição energética

Soluções reduzem a dependência de combustíveis fósseis e proporcionam uma geração de energia mais segura
GD e hibridização desbloqueando o potencial solar na transição energética
Associação de soluções híbridas e o potencial uso de sistemas de armazenamento de energia com baterias. Foto: BYD/Divulgação

No cenário global de enfrentamento às mudanças climáticas e busca por alternativas sustentáveis, a energia solar se distingue como uma protagonista na transição energética. Esta fonte de energia renovável desempenha um papel crucial na geração limpa de eletricidade

De acordo com dados da Wood Mackenzie em 2023, o Brasil será o quinto maior mercado de energia solar do mundo no começo da próxima década. Ficará apenas atrás da China, Estados Unidos, Índia e Alemanha ao final de 2032. 

Hoje, somos o sexto país com maior capacidade instalada em energia solar do mundo, segundo dados da IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável)

Isso é incrível, mas também gera grandes desafios, pois as plantas solares e eólicas (e hidrelétricas em certas configurações) apresentam operação intermitente, isto é, a geração de energia está sujeita às condições instantâneas – de vento, insolação e caudal do rio. 

Por conta disso, há a necessidade de complementação com geração de energia térmica capaz de atender a demanda em momentos de indisponibilidade de renováveis. 

Em muitos dos sistemas isolados brasileiros, isto é, nas localidades desconectadas da rede de transmissão nacional (Sistema Interligado Nacional), uma única usina de geração deve por si só atender à demanda de energia, com grandes flutuações ao longo do dia e do ano.  

No entanto, mesmo nestas localidades é possível reduzir a dependência de combustíveis fósseis e reduzir o custo da energia por meio da hibridização

Uma série de inovações colaboram para o aumento das energias renováveis e, consequentemente, para construção de redes mais seguras, com associação de soluções híbridas e o potencial uso de sistemas de armazenamento de energia com baterias (BESS)

O fornecimento de soluções flexíveis que possam operar de forma híbrida e a partir de vários combustíveis possibilita a geração de energia mais segura e a custo menor, atendendo os objetivos de redução de pegada de carbono. 

Nós já vemos uma movimentação de empresas que estão se comprometendo a reduzir suas emissões, isso tem se refletido em muitos estudos para os sistemas isolados, mas verificamos que a hibridização é o caminho ideal para um fornecimento seguro e estável.

Entre as soluções que a Aggreko opera na América Latina, destaca-se o caso do projeto Salares Norte, no Chile, com uma tecnologia única no mercado, capaz de fornecer 24,6 MW de energia híbrida para a mina de ouro a céu aberto Salares Norte (Gold Fields), localizada a 190 km da comuna de El Salvador e a mais de 4.500 metros de altitude. 

Devido à sua localização remota, os especialistas optaram por fornecer 9,9 MW de energia solar fotovoltaica e 14,7 MW de diesel para garantir um desempenho em altitude elevada. Também há plantas híbridas com baterias no setor de óleo e gás na Amazônia equatoriana, na Colômbia e na Argentina.  

Falando especificamente de energia solar, a entrada da Aggreko neste mercado no Brasil destaca-se como um marco significativo. 

A iniciativa não só traz benefícios ambientais, como também tem implicações econômicas positivas, oferecendo energia verde mais acessível aos clientes e contribuindo para a redução dos custos de energia. 

Ao adotar a GD (geração distribuída), a Aggreko ajuda a reduzir as perdas do sistema elétrico e beneficia as concessionárias e distribuidoras locais. O projeto inicial consistiu na instalação de plantas de energia solar em várias localidades estratégicas.

Em suma, a combinação da geração distribuída e da hibridização está desempenhando um papel fundamental no desbloqueio do potencial da energia solar durante a transição energética no Brasil

Ao superar os desafios da operação intermitente das plantas solares e eólicas, especialmente em sistemas isolados, essas soluções estão não apenas reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, mas também proporcionando uma geração de energia mais segura, estável e econômica.

O compromisso da Aggreko com projetos de energia renovável, como os instalados no Ceará, exemplifica o impacto tangível dessas estratégias na construção de uma matriz energética mais limpa e sustentável, oferecendo benefícios ambientais, econômicos e sociais para o país. 

Com isso, a energia solar se destaca como um dos pilares para a transição energética no Brasil, abrindo caminho para o protagonismo das demais energias renováveis.

As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

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Cristiano Lopes Saito
Líder de desenvolvimento de negócios, projetos complexos e transição energética da Aggreko

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