Igrejas e paróquias investem em energia solar

Sistemas fotovoltaicos já proporcionaram mais 80% de economia na conta de luz de algumas entidades
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O uso de energia solar em igrejas e paróquias está se tornando uma tendência cada vez maior no Brasil. Há pelo menos dois anos, diversas entidades religiosas têm apostado na tecnologia como uma maneira de minimizar os impactos climáticos e economizar recursos. 

Em setembro de 2019, a Paróquia São José da Lagoa, no Rio de Janeiro, se tornou a primeira igreja do Brasil a gerar a sua própria energia a partir da luz do Sol. O espaço recebeu 56 painéis fotovoltaicos, responsáveis por uma geração de 1700 kWh/mês, o equivalente a 40% do consumo local.

Os painéis foram instalados no teto da igreja em formato de cruz e podem ser vistas do alto do Cristo Redentor, no alto do Morro do Corcovado. Ao todo, os equipamentos já proporcionaram para entidade uma economia de mais de R$ 40 mil na conta de luz. 

Na cidade de Iapu, no interior de Minas Gerais, a Paróquia Santo Estevão também decidiu implantar o sistema. Os 48 painéis instalados foram dimensionados para reduzir os custos das três contas sob titularidade da paróquia, que somavam um valor médio mensal de R$ 1.650,00. Após a instalação, o gasto caiu para R$ 150,00, uma redução de mais de 90%.

Há poucos quilômetros de Iapu, outra igreja mineira também optou recentemente pela adesão da energia solar em suas instalações. Localizada em Belo Horizonte, a Paróquia de Santo Antônio demandou 34 painéis, os quais foram instalados na cobertura da igreja. O custo mensal da conta de luz, que antes somava R$ 900,00, foi reduzido para R$ 160,00, uma economia de 82%.

Papa Francisco

A responsabilidade ambiental e os riscos de um colapso ecológico são temas costumeiramente abordados por ninguém menos que o Papa Francisco, seja em seus discursos ou publicações feitas em livros e redes sociais. 

A necessidade de uma sociedade mais sustentável, visando o futuro das novas gerações é, inclusive, mencionado por ele, mais de uma vez, no “Laudato si”, a sua segunda encíclica publicada.

No texto, o pontífice menciona que “sabemos que a tecnologia baseada no uso de combustíveis fósseis altamente poluentes, especialmente o carvão, mas também o petróleo e, em menor grau, o gás, precisa ser progressivamente substituída sem demora”. 

O religioso também destaca em seu livro que “até que seja feito um maior progresso no desenvolvimento de fontes de energia renováveis ​​amplamente acessíveis, é legítimo escolher a alternativa menos nociva ou encontrar soluções de curto prazo”. 

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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