Início do período de chuvas favorece contratação de energia no mercado livre

Cenário faz com que o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) fique no piso, avalia Grupo Safira
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Tendência é que o PLD permaneça no piso o ano de 2023. Foto: Freepik

O bom início do período úmido e a previsão de manutenção dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas em patamares satisfatórios ao longo de 2023 são fatores que ajudam a manter o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) no piso atual de R$ 55,70 por MWh em todos os submercados.

Essa é a análise do Grupo Safira, empresa de comercialização e consultoria em análises, estratégias e soluções para o setor energético brasileiro.

Tal cenário, de acordo com a companhia, afasta qualquer possibilidade de crise hídrica e abre, a partir deste mês de dezembro, uma janela importante de contratação de energia a preços competitivos aos consumidores livres.

“Entramos neste período úmido com chuvas e níveis mais seguros dos reservatórios, o que faz com que o PLD esteja no piso e com tendência de permanecer assim ao menos até fevereiro de 2023”, afirmou Raphael Vasques, coordenador de Gestão e de Inteligência de Mercado do Grupo Safira.

“Isso favorece a contratação imediata de energia para 2023 aos atuais preços competitivos, e também para prazos mais longos, ou seja, até 2025”, explicou.

Condições semelhantes só foram registradas nos períodos mais críticos da pandemia, quando a demanda por energia caiu drasticamente, especialmente no setor produtivo, devido ao fechamento das empresas, e havia sobras do insumo no mercado. Há expectativa de que o PLD permaneça no piso o ano de 2023 inteiro, fenômeno que há oito anos não ocorria.

Conforme lembrou Vasques, o Brasil sofria com a escassez hídrica e a bandeira tarifária vermelha há um ano, cenário totalmente diferente do atual, que conta com a bandeira verde (sem cobrança adicional na conta de luz) neste momento e que deve permanecer assim ao longo de todo o ano de 2023.

“Janeiro e fevereiro são os meses em que as médias de temperaturas são as mais altas registradas, de modo que este cenário positivo vai permitir que os consumidores utilizem seus aparelhos de refrigeração nestes períodos de maior calor sem grandes preocupações com a conta de luz”, concluiu.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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