A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) deverá implementar uma nova regulação para restringir as distribuidoras de energia de rejeitarem projetos de até 75 kW sob a alegação de inversão de fluxo.
A informação foi divulgada pela Aliança Solar, formada pelo MSL (Movimento Solar Livre) e INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa e Sustentável), após reunião técnica realizada entre representantes da ANEEL e membros da Aliança Solar.
“Fizemos uma apresentação técnica hoje (22) para o pessoal da ANEEL, na presença do superintendente [Carlos Mattar], que faz parte das questões de regulação da ANEEL. Depois da apresentação, ele nos garantiu, em primeira mão, que para os projetos de até 75 kW já vai sair uma nova regulação da ANEEL proibindo as distribuidoras de negarem a conexão. Isso é uma grande vitória do setor”, afirmou Múcio Acerbi, integrante da Aliança Solar.
“Nós conseguimos convencer o pessoal da ANEEL de que até 75 kW não tem sentido algum para as distribuidoras negarem o acesso e a conexão aos integradores e aos consumidores de energia elétrica do Brasil”, acrescentou.
“Essa é a primeira vez que a gente tem um posicionamento formal na ANEEL. Levamos estudo, passo a passo sobre o comportamento do fluxo de potência, não inversão de fluxo”, destacou Hewerton Martins, presidente do MSL.
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“Levamos as simulações com o software semelhante ao mesmo que a concessionária usa para que ficasse claro que o que manda na rede é o fluxo de potência, e a corrente anda para qualquer sentido.
“Não existe inversão de fluxo de potência para reprovar projetos. Da mesma forma que não existe para eólica ou para a solar centralizada. Então, não faz sentido em centro de carga ter reprovação”, complementou.
“Finalmente tivemos uma excelente notícia frente às últimas notícias que a gente teve nas últimas semanas, nos últimos meses”, ressaltou a advogada Marina Meyer Falcão, diretora jurídica do INEL.
Ainda de acordo com ela, está pautada para a ANEEL discutir o artigo 73 para que o item da Resolução não continue sendo utilizado de forma equivocada para reprovar projetos por inversão de fluxo.
Saiba mais: A inversão de fluxo de potência é de fato um problema?
Respostas de 10
Parabéns pela luta da democratização da energia, contra os mitos do corporativismo!
Olá boa tarde
boa notícia estou com um projeto de uma usina de 75 kilovats e não consigo aprovação por este motivo
sem mais att Ned
boa noite. Entendi porém, tenho uma dúvida. Guando a reversão de fluxo ultrapassa a potência nominal do sistema ou seja, guando há maior fluxo reverso do que a potência nominal do sistema de geração .
E mini GD, será que cai também? Falta pressão
Vocês não estão se iludindo com proibir reprova vai parar a Cemig, pois ela sarcasticamente liberar o parecer, então vai continuar saindo parecer de acesso lunar
Ótima reportagem e boa notícia!!! É possível ter acesso ao documento técnico que a Aliança Solar apresentou a ANEEL?
Se sim, como obtê-lo?
Grato,
Edgar
Pelo que está escrito, não dará em nada! Porque: a CEMIG, por exemplo, não reprova projetos! Ela simplesmente dá a alternativa (péssima, claro) de injeção noturna. As associações estão usando erroneamente o termo “reprova”. A não ser que a ANEEL seja bem específica e cite claramente que até 75 kW “não configura a inversão de fluxo de potência, sendo permitido a injeção diurna na rede da distribuidora”. Qualquer coisa fora disso não dará em nada.
Quem não investiu em painel solar, pode investir sem medo. Ninguém nunca me falou que deu algo errado e teve manutençoes para fazer durante os anos. A gente não fala pra ninguém, da vergonha. O prazer de produzir a própria energia não tem preço, eu procuro chamar de fetiche energético. É como ter sauna em casa.
O que as concessionária não querem é concorrência.
Que assim seja!!! Caso contrário o setor estaria com prazo de validade ,uma vez que,nós mesmo,já tivemos reprova de 06k por inversão de fluxo! Agradecemos muito,todos os envolvidos!!!