Investimento anual em transição energética bate recorde e atinge US$ 2,1 trilhões

Montante aportado em 2024 foi impulsionado por transportes eletrificados, fontes renováveis e redes elétricas, diz BloombergNEF
Investimento em transição energética bate recorde e atinge US$ 2,1 trilhões
Foto: Voltalia/Site/Reprodução

O investimento global em transição energética atingiu US$ 2,1 trilhões em 2024, um aumento de 11% em relação ao ano anterior e um recorde nunca antes visto na história, segundo relatório divulgado pela BloombergNEF nesta quinta-feira (30).

De acordo com a empresa, todo esse montante foi impulsionado por aportes em transportes eletrificados (US$ 757 bilhões), energia renovável (US$ 728 bilhões) e redes elétricas (US$ 390 bilhões), que atingiram novos máximos no ano passado.

Esses três segmentos dominaram o mercado por possuírem modelos de negócios mais estabelecidos do que outras tecnologias emergentes, como hidrogênio verde, captura e armazenamento de carbono e energia nuclear.

Entre os países do globo, o mercado que computou o maior volume de investimentos em transição energética foi a China, com US$ 818 bilhões e um aumento de 20% em relação a 2023.

Dos grandes mercados incluídos no relatório, Índia e Canadá também contribuíram para o crescimento global geral, aumentando seus aportes em 13% e 19%, respectivamente.

Em contrapartida, algumas localidades que ajudaram a impulsionar o crescimento da transição energética em 2023 acabaram, curiosamente, apresentando resultados diferentes em 2024.

O investimento ficou estagnado, por exemplo, nos Estados Unidos (que atingiu US$ 338 bilhões) e caiu tanto na União Europeia quanto no Reino Unido, acumulando US$ 381 bilhões e US$ 65,3 bilhões, respectivamente.

Sozinho, o investimento total da China no ano passado foi maior do que o investimento combinado nessas três regiões do globo.

Metas de descarbonização

A BNEF também relata que o investimento global em transição energética precisaria de uma média de US$ 5,6 trilhões a cada ano de 2025 a 2030 para atingir as metas acordadas no Acordo de Paris.

Essa descoberta se baseia em outro estudo da BloombergNEF, que detalha um caminho global para neutralidade de carbono e implica que os níveis atuais de investimento são apenas 37% do que é necessário para entrar no caminho certo.

“Ainda há muito mais a ser feito, especialmente em áreas emergentes como descarbonização industrial, hidrogênio e captura de carbono, para atingir as metas globais de neutralidade de carbono. Uma verdadeira parceria entre os setores público e privado é a única solução para desbloquear o potencial dessas tecnologias”,  disse Albert Cheung, vice-CEO da BloombergNEF.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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