O MME (Ministério de Minas e Energia) apresentou um conjunto de propostas para modernizar a gestão dos reservatórios brasileiros e reforçar a articulação entre os órgãos responsáveis pela operação do sistema elétrico e pelo uso da água no país.
As medidas integram o Plano de Recuperação dos Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas (PRR) e visam também prevenir crises como as que já comprometeram a segurança hídrica e energética do Brasil nas últimas décadas.
O estudo, intitulado Diagnóstico da Governança da Gestão Integrada dos Reservatórios do SIN, destaca a necessidade de criar mecanismos mais eficientes de coordenação e planejamento conjunto entre entidades como o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e o próprio MME.
A proposta é aprimorar o compartilhamento de informações, evitar sobreposição de funções e garantir decisões mais rápidas e embasadas em dados técnicos
Soluções às crises hídricas devem fazer parte da transição energética no Brasil
O relatório também propõe a atualização de marcos legais e regulatórios, a criação de protocolos permanentes de prevenção e resposta a eventos críticos e o fortalecimento institucional das instâncias de governança.
Essas medidas devem ampliar a capacidade de resposta do setor elétrico a desafios como as mudanças climáticas, o aumento da demanda energética e as flutuações hidrológicas que afetam a geração hidrelétrica.
O MME ressalta que o plano busca consolidar uma visão integrada entre energia e recursos hídricos, em substituição ao modelo fragmentado que ainda prevalece em parte das decisões operacionais.
O documento também revisita as principais crises hídricas enfrentadas pelo país — em 2001, 2013 e 2021 —, apontando que a falta de integração e a lentidão das respostas institucionais agravaram seus impactos.
Ao relembrar esses episódios, o MME reforça que a modernização da governança é vital para evitar que o sistema elétrico volte a operar em situação de risco.
Elaborado com apoio do Consórcio Fractal-FSET, o relatório inclui ainda referências a experiências internacionais de gestão de reservatórios, que combinam planejamento hidrológico, monitoramento em tempo real e coordenação entre múltiplas agências.
Com a conclusão do diagnóstico, o MME prepara agora uma segunda fase de implementação, voltada à revisão de normas e à criação de novas instâncias de cooperação técnica.
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