O mercado brasileiro de energia solar está prestes a contar com uma inovação capaz de transformar o modo como usinas solares fotovoltaicas são instaladas em terrenos irregulares, predominantes em diversas regiões do país.
A espanhola Axial, apresentará na Intersolar South America 2025, em São Paulo (SP), o SlopeSync – novo modelo de tracker solar desenvolvido especialmente para se adaptar a áreas com grandes variações de relevo.
Segundo a empresa, a tecnologia elimina a necessidade de alinhamento milimétrico dos pilares e permite desvios de até 30º entre fileiras e 15% na variação de altura – o que reduz a dependência de obras civis complexas, além de minimizar impactos ambientais.
O tracker foi desenvolvido com o eixo cardan, instalado em pontos específicos das fileiras. Isso permite uma tolerância de até 400 mm e variações de inclinação de até 15% no sentido Norte-Sul e Leste-Oeste.
De acordo com a Axial, o sistema garante maior flexibilidade estrutural, acompanhando as curvas naturais do relevo e mantendo o desempenho dos módulos solares.
Redução de custos e sustentabilidade
Em comunicado, a Axial destaca que estudos realizados pela empresa apontam que o uso de trackers pode reduzir em até 80% os custos com movimentação de terra na implantação de usinas.
“Esse dado reforça não apenas a eficiência econômica da solução, mas também seu impacto positivo do ponto de vista ambiental ao minimizar a necessidade de intervenções civis no terreno. Reduzir obras dessa natureza significa preservar mais a paisagem natural e contribuir para a sustentabilidade dos projetos solares,” disse Ronald Carias Esteban, diretor-geral da Axial no Brasil.
Além da economia financeira e ambiental, o novo modelo permite acelerar o tempo de execução das usinas, uma vez que exige menos intervenções no solo e ajustes no projeto original, otimizando o CAPEX das plantas fotovoltaicas.
Respostas a um mercado em transformação
O desenvolvimento do novo tracker levou em consideração a crescente escassez de terrenos planos e o avanço dos projetos solares para áreas mais desafiadoras, segundo Esteban.
“À medida que os terrenos planos se tornam cada vez mais escassos ao redor do mundo, especialmente em regiões com grande potencial solar, tornou-se essencial criar uma solução que se adaptasse melhor a áreas com declividade acentuada”, observa.
O diretor apontou ainda que os principais desafios enfrentados por trackers em terrenos acidentados envolvem:
- Reduzir o impacto ambiental ao evitar movimentações agressivas do solo;-
- Otimizar os custos de implantação;
- Agilizar os prazos de construção;-
- Manter a eficiência da geração energética, mesmo com grandes variações topográficas.
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