A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) em janeiro está estimada em 71.212 MW médios, o que representa uma queda de 1,4%, na comparação com o mesmo mês de 2022. Desde novembro a demanda nacional de energia vem apresentando números negativos.
Segundo o mais recente boletim do Programa Mensal da Operação, referente ao período de 21 a 27 de janeiro, as cargas nas regiões Sudeste e Sul estão estimadas, respectivamente, em 40.321 MWmed (-2,8%) e 13.003 MWmed (-5,6%). As temperaturas mais amenas para o período têm contribuído para redução da demanda elétrica.
Por outro lado, o ONS vê crescimento nas cargas dos subsistemas Norte (11,6% ou 6.381 MWmed) e Nordeste (2,3% ou 11.507 MWmed).
Armazenamento de energia
As projeções atualizadas para a Energia Armazenada (EAR) nas hidrelétricas no final de janeiro são superiores às divulgadas anteriormente. De acordo com o ONS, o Sudeste/Centro-Oeste pode fechar o mês com armazenamento de 69%, ante 67% do boletim anterior.
“Caso a projeção se confirme, será o percentual de EAR mais elevado para janeiro na região há 11 anos, quando alcançou 76,1%”, destaca a entidade responsável pela gestão do SIN.
Os cenários prospectivos para os demais submercados são: 86,6% no Sul (ante 83,1% indicados na semana passada), 71% (70%) para o Nordeste e o Norte com 98,4%, crescimento expressivo ante os 70,1% da semana passada.
Chuvas
Os cenários prospectivos de Energia Natural Afluente (ENA), volume de chuvas convertida em energia elétrica, estão acima de 90% da Média de Longo Termo (MLT), ao final de janeiro de 2023, em todo o Brasil. Para três subsistemas, a ENA estimada é superior a 100% da MLT pela quarta semana consecutiva.
O Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam cerca de 70% dos reservatórios interligados ao SIN, pode registrar 120% da MLT (ante 122% na edição anterior). O Norte novamente registra o índice mais elevado: 152% da MLT (156%). Para o Nordeste, a estimativa de ENA, ao final do mês, é de 106% da MLT (108%). Por fim, o Sul manteve um comportamento de elevação na projeção de ENA, com 93% da MLT (84%). Os dados indicam um regime de chuvas compatível com o período úmido.