Apesar dos níveis satisfatórios dos reservatórios das hidrelétricas ao final do período seco, o ONS (Operador Nacional do Sistema) enfrenta dificuldades no atendimento da carga durante o horário de pico, entre 18h e 20h.
Na reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) realizada na quarta-feira (9), o ONS apontou a necessidade de intensificar o uso das termelétricas, além de importar energia e flexibilizar regras operacionais, para garantir o atendimento da demanda entre outubro e dezembro.
O CMSE recomendou à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a adoção de medidas que assegurem o fornecimento regular de gás natural para a geração de energia elétrica no SIN (Sistema Interligado Nacional).
O CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) informou que o Brasil enfrenta a pior seca dos últimos anos. As projeções do ONS demonstram incertezas sobre o início do período úmido, embora alguns modelos apontem chuvas mais intensas a partir da segunda quinzena de outubro.
“As projeções de Energia Armazenada (EAR) indicam que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste alcançaria, ao final de março de 2025, no cenário mais otimista, 13,8 p.p. acima do armazenamento verificado em março de 2024. No cenário mais pessimista, a projeção seria 23,4 p.p. abaixo do registrado”, declarou o ONS em nota à imprensa.
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As estimativas de ENA (Energia Natural Afluente) indicam valores abaixo da MLT (Média de Longo Termo) para o período de outubro de 2024 a março de 2025. Ainda assim, o nível dos reservatórios em setembro estava em 49%, considerado adequado para o final da estação seca.
“Com a seca severa dos últimos meses, as primeiras chuvas precisam, inicialmente, restaurar a umidade do solo para que, posteriormente, haja uma recuperação nos níveis das vazões”, explicou o Operador.
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