Nos últimos anos, os painéis solares têm se tornado um diferencial crucial no mercado de construção civil, ganhando cada vez mais destaque entre engenheiros, arquitetos e paisagistas.
O que antes era visto apenas como uma tecnologia para telhados, hoje evoluiu para uma solução versátil que une design, sustentabilidade e economia, expandindo suas aplicações para diversas superfícies, como fachadas e até muros. A análise é de Liciany Ribeiro, CEO da BayWa r.e. no Brasil.
“A competitividade dos módulos não está restrita apenas à eficiência energética. Comparados aos materiais tradicionais de construção, os valores dos painéis, quando analisados por metro quadrado, são altamente atrativos”, destacou.
“Além disso, os módulos fotovoltaicos oferecem um benefício que poucos materiais de acabamento podem proporcionar: uma garantia média de 25 anos de produção de energia. Isso significa que, além de resistentes às variações climáticas, os mesmos entregam resultados a longo prazo”, ressaltou a executiva.
Novas fronteiras para o solar
Na visão dela, projetos arquitetônicos mais modernos têm incorporado os painéis solares como revestimento em residências e instalações industriais, transformando as superfícies de fachadas e até estruturas verticais em fontes de energia.
“Embora haja uma leve perda na capacidade de geração de energia devido à menor incidência solar nessas áreas, a vantagem ainda é clara: enquanto outros revestimentos oferecem apenas estética, os painéis solares geram energia e reduzem a pegada de carbono dos projetos”, enfatizou.
Tecnologia e design aliados
De acordo com Liciany, os avanços no design têm sido outro fator importante na popularização dos módulos fotovoltaicos. Marcas como Longi estão inovando ao lançar modelos com design mais harmônico, como o All Black, que utiliza alumínio anodizado preto fosco e uma estrutura discreta que lembra uma TV LCD desligada.
“Para aqueles que buscam soluções estéticas diferenciadas, já existem opções de painéis coloridos, conhecidos como BIPVs, que oferecem ainda mais versatilidade para integração com a arquitetura”, relatou.
“Tal modelo permite ser integrado diretamente na esquadria. Nesse caso, é fundamental ter a tecnologia de gerenciamento de energia individual, pois uma vez aplicado na arquitetura não temos como controlar o ambiente externo, como, por exemplo, a sombra de uma árvore em determinado período do dia, entre outros elementos inerentes aos ambientes externos”, explicou ela.
Segundo a CEO da BayWa r.e. no Brasil, como todo e qualquer revestimento, os módulos também precisam de manutenção, e ter acesso a eles é algo que deve ser previsto já no projeto. “É um trabalho em conjunto com o arquiteto, construtora e a indústria de esquadrias. Esse cuidado é necessário para podermos dar a garantia de vedação ao edifício”.
“O formato permite que a fachada, sacada, brise e pergolado se tornem também geradores de energia. Isso se torna um grande diferencial para um público que está cada dia mais consciente da sua responsabilidade com uma energia limpa e sustentável a longo prazo, e o mais importante: disposto a dar valor e consequentemente pagar mais por isso”, concluiu.
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