As quedas de energia estão se tornando cada vez mais frequentes no Brasil, seja no período de fortes chuvas ou na época mais seca do ano. A grande São Paulo é um dos exemplos de prejuízos e dificuldades enfrentadas pelos moradores desde a última sexta-feira (11), quando um apagão deixou milhares de moradores sem energia e, até esta quinta (17), ainda há muitos locais onde a energia não foi restabelecida.
Segundo pesquisa da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), por meio de dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Brasil registrou, em 2023, 47 mil quedas de energia elétrica provocadas por incêndios e queimadas, um aumento de 21% em comparação ao ano anterior.
Já em 2019, foram 23 mil casos registrados, ou seja, em quatro anos a quantidade de interrupções de energia mais do que dobrou. E no primeiro quadrimestre de 2024, já foram mais de 18 mil notificações.
Essas quedas de energia podem ter impactos consideráveis para a população, seja para quem trabalha em casa de forma remota ou para aqueles que dependem de equipamentos ligados na energia para sobreviver.
Para os moradores de prédios os impactos da interrupção do fornecimento podem ser bastante desafiadores, já que, sem os elevadores, para entrar ou sair de casa, muitas vezes, precisam subir e descer muitos andares pelas escadas. A boa notícia é que as soluções que minimizam os impactos dessas interrupções estão se tornando cada vez mais democráticas.
Dentre essas possibilidades, está o sistema de armazenamento de energia. Ainda algo novo no país, até mesmo para residências, comércio ou indústria, seria impensável, até pouco tempo, que esse tipo de equipamento também pudesse atender a apartamentos. Mas isso agora é possível.
A SolaX Power, por exemplo, é um dos fabricantes de um equipamento que atende ao armazenamento de energia para pequenos espaços, como os apartamentos. A linha X-Hybrid está disponível nas versões monofásicas, X1-Hybrid e X1-SPT, e trifásica, X3-Hybrid.
Segundo a empresa, é uma solução integrada, que combina inversor híbrido de 5 a 15 kW, BMS (Battery Management System) – que gerencia a performance das baterias – além de módulos de bateria expansíveis, com capacidade de 7.2 kWh a 30 kWh (monofásico) e 7.2 kWh a 40 kWh (trifásico).
Os equipamentos X-Hybrid possuem baterias e um design que se integram à decoração do ambiente, além de tamanho reduzido, adequado para ser utilizado em espaços pequenos.
“Devido ao design all-in-one, torna-se mais compacto e elegante, tornando este produto mais atraente para que fique visível no ambiente, como no caso da maioria dos apartamentos. Ademais, oferece a opção de medidor sem fio, o que permite um monitoramento ainda mais eficiente”, explicou o engenheiro Marcelo Niendicker.
O modelo trifásico oferece saída desbalanceada, característica que possibilita o uso eficiente e otimizado da energia. Possui ainda recursos de gerenciamento baseados em inteligência artificial, considerando o horário de consumo e as necessidades do usuário, bem como recursos adicionais de segurança, detecção de AFCI opcional, desligamento rápido e proteção contra surtos elétricos.
O engenheiro explica que, normalmente, os mesmos equipamentos de armazenamento podem ser utilizados em residências ou apartamentos, a diferença é que no residencial é tradicional adicionar módulos fotovoltaicos para captação de energia solar.
“Em apartamentos, esses equipamentos armazenam a energia da própria rede da concessionária, que pode ser utilizada posteriormente em períodos de apagões, quedas de energia ou quando a tarifa da concessionária estiver mais alta”, orientou.
Mas como mensurar a capacidade desse sistema? Conforme Niendicker, o sistema de 6 kW e duas baterias (10 kWh) consegue manter geladeira, iluminação, internet, computador e televisão por cerca de 8 horas.
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