7 de maio de 2024
solar
No Brasil Hoje

Potencia GC SolarGC 13,6GW

No Brasil Hoje

Potencia GD SolarGD 28,9GW

Payback de energia solar cai mesmo com as novas regras da 14.300

Tempo de retorno do investimento é um importante indicador sobre a competitividade dos sistemas fotovoltaicos no Brasil

Autor: 20 de setembro de 2023Indicadores
2 minutos de leitura
Payback de energia solar cai mesmo com as novas regras da 14.300

Evento foi realizado em São Paulo nesta quarta-feira (20)

Diferente do que se esperava, o tempo de retorno do investimento (payback) dos sistemas fotovoltaicos no país caiu mesmo depois da entrada das novas regras da geração distribuída (Lei 14.300/22).

O principal fator que contribuiu para esse resultado foi a redução do preço dos equipamentos, que caiu 17% no primeiro semestre de 2023 na comparação com igual período do ano passado.

A conclusão consta no Estudo Estratégico de Geração Distribuída, elaborado pela Greener, empresa de inteligência de mercado especializada no setor.

O tempo de retorno do investimento é um importante indicador sobre a competitividade dos sistemas fotovoltaicos no Brasil. Quanto menor o prazo, mais atrativo é investir na produção própria de energia.

“A gente teve uma melhora nas condições do payback e isso aconteceu em quase todos os estados”, disse o CEO da Greener, Márcio Takada, durante o evento de apresentação do estudo em São Paulo, nesta quarta-feira (20).

Para chegar a essa conclusão, a Greener analisou dois cenários, estabelecendo uma comparação entre o payback da GD 1 (antes da entrada em vigor da lei 14.300) e GD 2 (depois da lei). A GD 1 são os sistemas que tiveram o Parecer de Acesso antes de 7 de janeiro de 2023 e a GD 2, após essa data.

Sistemas residenciais

No caso base dos sistemas residenciais (4 kWp), houve uma redução de 15% de payback nas condições do cenário GD 2. Um sistema residencial em São Paulo, por exemplo, que antes tinha um payback de 4,7 anos, caiu para 4 anos no cenário GD 2 em 2023.

Cenário 2023

Cenário 2022

Sistemas comerciais

No caso de um sistema comercial (50 kWp), houve redução de 20% no payback no cenário GD 2 comparando com a GD 1. Em Minas Gerais, por exemplo, o retorno do investimento de um sistema comercial caiu de 3,6 anos para 2,7 anos.

Cenário 2023

Cenário 2022

Sistemas industriais

O mesmo aconteceu com os sistemas industriais (300 kWp), cujo payback caiu 13% no cenário pós 14.300/22. Um sistema na Bahia passou de 6,2 anos para 5,4 anos de prazo de retorno.

Cenário 2023

Cenário 2022

Wagner Freire

Wagner Freire

Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Um comentário

  • Fernando Figuerôa disse:

    Gostaria de maiores informações sobre GD 2 para os EPCs, tipo, mercado, custos, como o mercado livre atrapalha ou não em nossas prospecções, como reagir qdo oferecemos à um cliente que já está no mercado livre, energia por assinatura ou compartilhada…
    Por exemplo, estamos numa negociação inócua com uma grande rede de farmácias a qual resiste em construir UFVs para seu próprio consumo, pois procura e está negociando com desconto médio de 25% com UFVs de energia compartilhada, pois esse setor ainda não se enquadra no mercado livre de energia, só em 2026, mas encontrou essa alternativa, frustrando nossas invertidas….Grato…

Comentar

*Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Canal Solar.
É proibida a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes e direitos de terceiros.
O Canal Solar reserva-se o direito de vetar comentários preconceituosos, ofensivos, inadequados ou incompatíveis com os assuntos abordados nesta matéria.