A Petrobras anunciou o seu plano de negócios para o período de 2025 a 2029, mantendo cerca de 70% dos investimentos destinados ao segmento de exploração e produção de combustíveis fósseis.
Dos US$ 111 bilhões previstos para o quinquênio, serão US$ 77,3 bilhões aplicados em fontes como petróleo e carvão. Cerca de 60% desse valor será destinados aos ativos do pré-sal.
Uma das novidades do documento é o aumento de 42% nos recursos alocados para o que a companhia define como “transição energética”.
O montante reservado passou de US$ 11,5 bilhões no plano anterior para US$ 16,3 bilhões. Contudo, quase metade desse valor (US$ 7,1 bilhões) será destinada à produção de bioprodutos, como etanol, biometano e biorefino.
No setor de “energias de baixo carbono”, a Petrobras elevou sua previsão de investimentos de US$ 5,5 bilhões para US$ 5,7 bilhões. Desse total, US$ 4,3 bilhões serão direcionados à construção e a manutenção de usinas fotovoltaicas e eólicas onshore.
Outros US$ 500 milhões estão reservados para projetos de hidrogênio, enquanto US$ 900 milhões serão destinados a iniciativas de CCUS (captura e armazenamento de carbono), usinas eólicas offshore e fundos de capital de risco corporativo.
“Esse volume representa 15% do CAPEX total previsto para o quinquênio, um aumento em relação aos 11% do plano anterior, e um crescimento de 42% em relação aos valores estimados anteriormente”, destacou a Petrobras em nota.
Para a descarbonização de suas operações, a companhia também ampliou os recursos de US$ 3,9 bilhões para US$ 5,3 bilhões.
Desse valor, US$ 4 bilhões serão usados para reduzir as emissões de gases tóxicos, enquanto US$ 1,3 bilhão irá para o Fundo de Descarbonização da empresa, criado para apoiar essas ações.
A Petrobras informou ainda que, nos projetos de geração renovável, a estratégia será atuar preferencialmente em parceria com grandes empresas do setor.
O objetivo é descarbonizar operações, integrar soluções de baixo carbono à sua carteira e aproveitar oportunidades de mercado no Brasil.
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