Os consumidores que optarem por migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025 devem observar uma vantagem superior à registrada no ano passado no que diz respeito aos custos médios da energia.
Essa constatação se deve ao fato de que o valor do preço médio do portfólio de contratos de compra de energia das distribuidoras para o atendimento do mercado cativo (Pmix) deve aumentar cerca de 9% neste ano, passando para R$ 270,00/MWh.
É o que mostra a projeção divulgada pela TR Soluções, por meio do Sete (Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia) – uma plataforma de inteligência de mercado da companhia, que realiza um acompanhamento das tarifas de distribuição e geração no Brasil.
“A alta do Pmix é associada principalmente ao fato de que, neste ano, não deve ser observado superávit na CCRBT (Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias)”, explica o diretor de regulação da TR Soluções, Helder Sousa.
Os valores do Pmix variam conforme as concessionárias de distribuição, como mostra o gráfico a seguir.
No ano passado, o Pmix teve uma queda de 6%, associada ao superávit recorde da Conta Bandeiras, de quase R$ 10 bilhões, em fevereiro de 2024. No mês seguinte, esse saldo superavitário passou a ser devolvido aos consumidores nos processos tarifários das distribuidoras.
“Como praticamente todo o saldo estava relacionado a questões hidrológicas, seu impacto tarifário se deu na forma de alívio do componente compra de energia, ou seja, do Pmix”, informa Sousa.
Tendência
Apesar de a expectativa para 2025 indicar um aumento do Pmix das concessionárias, a TR Soluções projeta um crescimento abaixo da inflação nos anos seguintes.
“Isso acontece em função do fim do suprimento dos primeiros leilões de energia nova, sendo substituídos por contratos mais baratos”, destaca o diretor da regulação da empresa, referindo-se a contratos de térmicas a óleo combustível, óleo diesel e carvão mineral.
As projeções também levam em conta a perspectiva de que consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste percebam um alívio no custo da energia em função da prometida redução da tarifa de Itaipu, em 2027.
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