Em âmbito nacional, os consumidores livres responderam por 42% de toda a eletricidade consumida no Brasil em abril de 2025, contra 36% em janeiro de 2024.
Houve avanço de 6% de um período a outro, conforme o mais recente levantamento divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
Destaque para o Rio Grande do Sul, onde os consumidores livres aceleraram sua participação no ACL (Ambiente de Contratação Livre), liderando o ranking de desempenho. De 32% em janeiro de 2024, alcançaram a marca de 43% em abril de 2025, crescimento de 11 pontos percentuais.
Paraná, com variação de 42% para 52% (10 p.p), e Mato Grosso do Sul, com evolução de 27% para 35% (8 p.p) aparecem na sequência, entre as unidades federativas nas quais os ganhos de participação foram mais relevantes.
Liderança
Em quatro estados, os consumidores livres já são responsáveis por mais da metade do consumo total de eletricidade, a exemplo do Pará, onde 58% de toda a energia elétrica consumida mensalmente foi proveniente do mercado livre. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 56%, seguido por Paraná (52%) e Maranhão (50%).
Esse cenário de maior impulso, segundo a Abraceel, se deu após a publicação da Portaria MME 50/2022, que liberou a possibilidade de escolha do fornecedor de energia a todos os consumidores de energia em média e alta tensão.
Otimismo
A previsão da associação é que a participação do mercado livre de energia em relação ao total de eletricidade consumida no Brasil siga crescendo na medida em que mais consumidores ganhem autorização para escolher o seu fornecedor.
Essa expectativa também depende da tramitação no Congresso Nacional da MP (Medida Provisória) 1.300/2025, que, entre outros dispositivos, estende o direito de escolher o fornecedor de energia a partir de 1º de agosto de 2026 aos consumidores industriais e comerciais e a partir de 1º de dezembro de 2027 aos demais consumidores.
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