Thiago Mingarelli, consultor de sistemas fotovoltaicos da Amara-e:
“O primeiro critério que a gente recomenda que seja verificado na escolha de um módulo é se esse equipamento atende às certificações do setor. Certificações Inmetro e certificações IEC são pré-requisitos básicos para que a gente comece a considerar a utilização do módulo em nosso sistema. Este é o primeiro ponto.
Além disso, recomenda-se que sejam buscados na internet relatórios de empresas credenciadas, que emitam relatórios anuais ou periódicos que atestam a qualidade da empresa e do produto.
Além disso, a gente recomenda que sejam buscados fabricantes que investem em pesquisa e desenvolvimento, que estejam sempre buscando inovações dos módulos, novas tecnologias, aprimoramento do processo de fabricação, e com isso consigam otimizar e melhorar a eficiência do produto.
A gente sempre busca produtos mais eficientes, para conseguir entregar a melhor relação custo-benefício ao cliente. Sempre falamos da questão do LCOE [custo nivelado da energia], e de buscar o produto mais eficiente, que em geral não é necessariamente o mais barato.
Por fim, um outro ponto muito importante a ser analisado são os coeficientes de temperatura do módulo.
Nós encontramos módulos que são similares em STC (condições padrão de teste), mas sabemos que no dia a dia esses módulos não vão trabalhar nessas condições, pois as temperaturas reais de operação vão variar muito.
É importante que a gente analise se nessas condições reais de operação, diferentes daquelas mostradas no datasheet (folha de dados), esse produto vai ter um desempenho satisfatório.
Para isso, contamos com o auxílio de softwares como PVSol, Solergo e PVsyst, nos quais conseguimos fazer uma simulação, levando em conta todos os parâmetros, incluindo a variação de temperatura com esses coeficientes, durante toda a vida útil do sistema”.