O mercado de energia solar no Brasil segue sendo um celeiro de investimentos para empresas de outros setores, que estão apostando em energia limpa e sustentável e assumindo o compromisso em reduzir as emissões de CO2. Como é o caso da petroleira Shell, que está perto de iniciar negociações com potenciais clientes para venda da produção futura de seus primeiros projetos solares no país.
“Nos últimos dois anos, estávamos focando mais fortemente em desenvolver o portfólio. Agora, vamos começar a retomar as conversas com clientes, já com produtos para oferecer, uma vez que alguns de nossos projetos, principalmente os de Minas Gerais, estão em nível de desenvolvimento bem avançado”, disse Maria Gabriela da Rocha, gerente de desenvolvimento de negócios em energia solar da Shell na América Latina.
Os empreendimentos, que devem iniciar a produção a partir de 2023, incluem três usinas fotovoltaicas no município de Brasilândia de Minas (MG), conforme publicado pelo Canal Solar em abril.
Segundo a executiva, o Brasil tem um enorme potencial para negociações de contratos privados com renováveis, dado o porte do mercado livre de eletricidade local na comparação com outros países. “Lá fora as pessoas não têm o entendimento do tamanho que tem o mercado brasileiro. Já é um setor muito significativo e com muito potencial”.
Ela também destacou que outros mercados importantes para renováveis, como o norte-americano e o europeu, são fragmentados por Estados ou países, enquanto o Brasil tem um sistema elétrico interligado de enorme porte. “Quase não existe outros mercados lá fora com tanto volume”, concluiu.