Sistema híbrido alimenta cidade de Oiapoque durante blackout do Amapá

O sistema hibrido integra uma usina fotovoltaica de 4 MW e uma usina térmica de 12 MW com geradores a diesel
Sistema híbrido alimenta cidade de Oiapoque durante blackout do Amapá
A usina solar conta com 15.840 painéis solares, 132 inversores ocupando uma área de 70 mil m²

Otimizar a infraestrutura e os custos operacionais, reduzindo o uso de óleo diesel para geração de energia, além de buscar a sustentabilidade. Estes são os objetivos do sistema híbrido em Oiapoque (AP), composto por uma usina fotovoltaica de 4 MW e por uma usina térmica de 12 MW com geradores a diesel.

A cidade não está conectada ao SIN (Sistema Interligado Nacional) e depende de um produtor de energia para fornecer e abastecer o município com mais de 24 mil moradores.

A usina fotovoltaica foi instalada em 2017 pela Voltalia após ganhar uma licitação para fornecimento de energia elétrica para Oiapoque, sendo a única empresa a oferecer um sistema híbrido fotovoltaico/térmico, composto de geração limpa (solar) e térmica com geradores diesel.

A usina solar conta com 15.840 painéis solares, 132 inversores ocupando uma área de 70 mil m². A planta gera aproximadamente 5 GWh por ano. A integração das duas fontes de energia (solar e térmica) tem gerado uma economia de 10% de diesel por ano.

Para garantir um controle inteligente do sistema híbrido, a Voltalia está usando um gerenciamento de energia sistema da DEIF, com 16 controladores (6 x ASC e 10 x AGC-4) que compõem a espinha dorsal do sistema de gerenciamento de energia.

“Os controladores da DEIF foram a única solução que encontramos no mercado que poderia integrar as usinas térmica e solar. Os controladores de ambas as plantas se comunicam e fornecem com boas opções de monitoramento e supervisão. É uma solução única no mercado”, destaca Leonardo Salgardo, gerente da Usina Elétrica Voltalia.

Salgardo ainda ressalta que esta solução automatizada garante o consumo mínimo de combustível, maximizando a penetração fotovoltaica sem comprometer os requisitos mínimos de carga do grupo gerador.

“Podemos monitorar e controlar toda a planta do escritório, e não precisamos ir até à planta para abrir e fechar os disjuntores e  monitorar os alarmes. Podemos acessar tudo da sala de operação, inclusive os históricos dos controladores da DEIF e, ao analisar os dados, podemos otimizar a operação e aumentar a produção de energia”, comenta Leonardo.

Planos futuros para Oiapoque

A Voltalia afirmou que está planejando construir uma usina hidrelétrica a fio de água de 7,5 MW em Oiapoque. A estimativa é que a planta fique pronta no início de 2023 e reduza ainda mais o consumo de diesel, fornecendo à comunidade uma energia ainda mais verde.

De acordo com a empresa, os controladores DEIF poderão integrar a usina térmica/solar com a usina hidrelétrica. Após a instalação da usina hidrelétrica, a Voltalia espera que as fontes renováveis ​​atendam até 90% da demanda de energia da cidade.

Imagem de Ericka Araújo
Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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