O MME (Ministério de Minas e Energia) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) publicaram mais um caderno do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032), que conta projeções do setor para os próximos dez anos.
Intitulado “Geração Centralizada de Energia Elétrica: Requisitos de Energia e Potência”, o relatório apontou que a MMGD (micro e minigeração distribuída) deverá agregar 37 GW de capacidade instalada (6.000 MWmed) até o final do horizonte decenal.
De acordo com com o estudo, a tecnologia solar fotovoltaica mantém-se como a principal fonte nesse segmento, respondendo por cerca de 97% de toda essa expansão distribuída.
Outro ponto enfatizado pela publicação é sobre o crescimento médio anual da carga do SIN (Sistema Interligado Nacional), sem abatimento de MMGD, que será de cerca de 2.650 MWmed – em média de 3,1% ao ano, numa demanda máxima de 3,2% ao ano.
No contexto das mudanças que vêm ocorrendo no setor elétrico, a EPE afirmou que uma expansão baseada apenas no atendimento da projeção de demanda de energia média não é suficiente para prover a segurança de suprimento almejada.
“Por isso, tornou-se necessária a implementação de métricas que permitam quantificar quais são os serviços que o sistema irá precisar no futuro, de modo a planejar a expansão e operação”, ressaltaram.
Mais sobre o caderno
No documento, estão detalhadas as premissas e critérios utilizados e os resultados obtidos para os requisitos de energia e potência. Além disso, incorpora importantes avanços metodológicos, como o uso da carga líquida em todo o processo de cálculo, seguindo o contínuo processo de aprimoramento do setor, que vive em constante transformação.
Um dos principais objetivos do Plano Decenal de Expansão de Energia é antecipar as discussões que serão relevantes no horizonte de estudo e buscar as melhores soluções. “O caderno oferece previsibilidade às ações, reduzindo a assimetria de informação no mercado, levando o sistema aos objetivos desejados em médio e longo prazo”, concluíram.