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Soltec tem 7 GW em projetos solares em desenvolvimento

Fabricante de trackers tem investido em usinas próprias para ter receita recorrente e se proteger de oscilações do mercado
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Em 2022, empresa entrou no mercado de geração distribuída. Foto: Soltec

A fabricante de trackers Soltec Brasil está investindo na construção de usinas fotovoltaicas próprias, com objetivo de garantir uma receita recorrente para não ficar exposta às oscilações do mercado de energia solar centralizada.

A empresa, que é líder na venda de tracker com um terço do market share no país, colocou recentemente em operação duas usinas solares: uma em Pedranópolis, em São Paulo, e outra em Araxá, no sudoeste de Minas Gerais. As usinas somam 225 MW de capacidade instalada.

A companhia quer continuar investindo em usinas próprias e para isso conta com uma carteira de 7 GW em projetos em diferentes fases de desenvolvimento, contou Maurício Ávila, Gerente de Contas da Soltec Brasil, em conversa com o Canal Solar.

“A ideia é que a empresa tenha essa verticalização para ter um fluxo de caixa recorrente em função dos PPAs que estão atrelados a esses projetos, para não ficar na montanha russa de ganhar grandes projetos de geração centralizada, fechar um trimestre ótimo e no seguinte não fechar nada. A empresa quer ter uma certa estabilidade.”

“A Soltec tem projetos em vários estágios de desenvolvimento, desde bem iniciais até já prontos para serem construídos. Alguns desses a empresa vai construir e manter na carteira.”

O core business da companhia, entretanto, continua sendo a venda de trackers (ou rastreadores solares). A empresa já colocou em operação 3,7 GW em usinas fotovoltaicas centralizadas no Brasil e tem o desafio de construir mais 1 GW para terceiros.

Segundo Ávila, o momento é desafiador para quem atua com grandes projetos solares no Brasil. Com o cenário de aumento do capex, taxas de juros altas, preço da energia no piso e consumo andando de lado, os projetos que estão avançando são porque os empreendedores têm algum tipo de compromisso contratual. “São projetos bem seletivos que estão indo para frente.”

Em 2022, a Soltec resolveu entrar no mercado de geração distribuída, mas esse não é o “carro chefe” da empresa. “A gente não consegue competir em projetos muito pequenos”, explicou o gerente.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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