STI Norland anuncia novidades para mercado fotovoltaico no Brasil

Javier Reclusa, CEO da empresa, comentou que novos modelos de trackers chegarão ao país

A fabricante espanhola de rastreadores e estruturas solares STI Norland divulgou que irá apresentar várias novidades para o mercado fotovoltaico brasileiro nos próximos meses. O anúncio foi feito por Javier Reclusa, CEO da empresa, durante o podcast Papo Solar.

“Temos novidades de novos modelos de trackers, adaptados aos painéis de diferentes tamanhos e de alta potência que estão vindo para o mercado. Ou seja, ajustamos os nossos produtos para serem configurados em qualquer stream”, destacou Reclusa.

O executivo disse ainda que há novidades na parte de rastreamento para otimizar a geração de energia, por meio de novos algorítimos que estão sendo desenvolvidos.

“Temos várias áreas de atuação prevendo as tecnologias futuras e também para melhorar o que, hoje em dia, estamos oferecendo no setor, sempre pensando em uma maior geração ao menor custo e com confortabilidade por toda a vida útil da usina”, acrescentou.

Impacto da pandemia

Durante o podcast, o especialista comentou que, apesar da pandemia da Covid-19, a STI Norland conseguiu entregar os equipamentos e as obras dentro do prazo pré-estabelecido. “Fomos pegos de surpresa por toda essa situação. No entanto, concluímos todos os nossos projetos. Este ano, inclusive, instalamos 2 GW, o maior volume da nossa história, isso no Brasil”.

De acordo com ele, o problema atual é mais uma questão de oferta, pois está faltando matéria-prima. “Vamos nos adaptando, fazendo uma melhor gestão das circunstâncias para que os projetos não sejam afetados”, enfatizou.

“O pior já passou. Estamos planejando que 2021 seja um ano com mais equilíbrio. Acreditamos que os preços das matérias-primas irão cair e que a estabilidade econômica e politica será melhor. Temos aqui no Brasil um mercado com potencial gigantesco, onde, nós próximos 20, 30, 40 anos, veremos um crescimento exponencial de energia solar, que, atualmente, já é a tecnologia mais barata dentro das energias”, apontou o especialista.

Crescimento do setor solar

O CEO da STI Norland destacou ainda que o mercado solar no Brasil apresentou um crescimento muito grande nos últimos anos, superior ao que estava sendo planejado. “Penso que ninguém esperava um volume tão grande de investimentos. Começou com os leilões federais, no qual a energia solar precisava de subvenção, precisava de ajuda para poder começar a implantação”.

“O BNDES, por exemplo, ajudou a criar estruturas locais, obrigando os fornecedores a abrirem fábricas nacionais. Auxiliou também com o intuito de conseguir preços mais competitivos para dar viabilidade aos projetos e baixar custos de Capex (despesas ou investimentos em bens de capital). Depois foi evoluindo para o mercado livre. Agora, grande parte de nossos projetos estão no mercado livre e, na maioria, estão sendo financiados por meio do BNDES, com produto nacional que tem beneficio nos juros”, explicou.

Para ele, o Brasil está começando a surgir entre os países com mais investimentos em solar. “O espaço é muito grande aqui para desenvolver a energia fotovoltaica, devido à radiação, as empresas e a população, afinal, são mais de 200 milhões de habitantes. Portanto, penso que o Brasil será o ‘ator principal’ nos próximos anos do mercado mundial”, concluiu.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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