Gustavo Tegon, executivo com passagens por fabricantes, distribuidoras e empresas integradoras do setor solar, acaba de assumir participação societária no Canal Solar. A chegada do novo sócio tem como objetivo fortalecer a atuação da companhia como plataforma de conteúdo, educação e negócios voltados às energias renováveis e eletromobilidade.
Com foco na qualificação profissional e na ampliação das conexões entre os diversos elos da cadeia, Tegon deve contribuir para a expansão do ecossistema do Canal Solar em um momento de maturação do mercado e maior exigência por especialização técnica e gestão estratégica.
Qual é o principal objetivo da sua chegada ao grupo Canal Solar?
O principal objetivo da minha chegada ao Canal Solar é contribuir de forma estratégica para consolidar e ampliar o impacto da marca como referência no setor de energias renováveis.
O Canal Solar já é reconhecido como um veículo de informação de grande relevância, mas acredito que podemos ir além. Queremos fortalecer cada vez mais nosso ecossistema de negócios – formado por empresas, profissionais e parceiros – criando conexões que gerem oportunidades concretas.
Pouca gente tem dimensão de quanto somos ativos na geração de negócios, na aproximação entre players e na formação de parcerias. Meu propósito é que o mercado passe a enxergar o Canal Solar não apenas como uma plataforma de conteúdo, mas como um hub de relacionamento, educação e negócios que transformam o setor.
Hoje, o Canal Solar se posiciona como um hub de negócios para o setor de energia, tendo a educação como um de seus pilares. Como sua atuação vai impulsionar esse segmento?
O mercado de educação no setor de energia vive um momento decisivo. Existe uma base enorme de profissionais que não precisam apenas de formação técnica, mas também de repertório em gestão, vendas e estratégia – tudo o que sustenta o crescimento de uma empresa.
Nosso grande desafio é acelerar esse conhecimento especializado, porque estamos em um setor ainda jovem e em constante transformação. A informação circula muito rápido, e os profissionais precisam se atualizar na mesma velocidade.
Por exemplo, temas como armazenamento de energia e cursos sobre baterias, que até pouco tempo não eram prioridade, hoje são praticamente obrigatórios para quem quer seguir competitivo.
Ao mesmo tempo, enxergamos uma oportunidade única de criar programas que elevem o nível de maturidade e profissionalismo das empresas que estão com a gente – e das que chegarão nos próximos anos.
A cadeia do setor solar tem enfrentado desafios. Qual é a sua análise sobre o momento atual?
Toda vez que surgem desafios macroeconômicos ou mudanças regulatórias, é natural que muitos digam que o mercado está ruim. Mas, na prática, são nesses ciclos que as empresas mais preparadas se consolidam.
O setor de energia solar cresceu de forma muito acelerada nos últimos anos, em um ritmo que poucos imaginavam. Chegamos, agora, a uma fase de maturação e consolidação.
Os agentes do mercado precisam entender que este é o momento de profissionalizar suas operações. Ou você se fortalece e se estrutura, ou dificilmente conseguirá se manter competitivo.
Os negócios continuarão acontecendo porque a energia é essencial em qualquer cenário. O consumo não vai acabar – apenas a forma de consumir e de se posicionar no mercado vai mudar. Quem se preparar melhor vai liderar essa nova etapa.
Sua trajetória passou por diferentes elos da cadeia. Como isso vai contribuir com o Canal Solar?
Minha trajetória sempre foi voltada à expansão de negócios. Comecei na Órigo, vendendo diretamente ao cliente final. Depois, atuei em um fabricante, relacionando-me com desenvolvedores de projetos e distribuidores. Mais adiante, tive minha própria distribuidora e, posteriormente, passei por uma distribuidora líder de mercado.
Essa vivência me deu uma visão ampla sobre as dores e necessidades de cada ponta da cadeia – do cliente final ao integrador, do distribuidor ao fabricante.
Quando você entende essa diversidade de perspectivas, é possível criar conexões mais sólidas e estratégicas. Essa será uma das minhas principais contribuições: usar esse repertório para aproximar empresas, conectar profissionais e criar pontes onde hoje existem lacunas.
Quero ajudar o setor a migrar de um cenário ainda marcado por baixa capacitação para um ambiente mais estruturado, profissional e colaborativo, onde todos – em qualquer etapa da cadeia – se beneficiem desse avanço.
Acredito muito que essa combinação de experiência prática e visão estratégica vai fortalecer ainda mais o ecossistema do Canal Solar e impulsionar o desenvolvimento do mercado como um todo.
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