Vendas de VEs devem ultrapassar as de carros a combustão até 2035

Segundo projeções da BNEF, os veículos elétricos já devem atingir a paridade nos próximos anos em alguns países
2 min 29 seg de leitura

De acordo com as últimas projeções da BNEF (BloombergNEF), os VEs (veículos elétricos) representarão mais de 50% das vendas globais até meados da década de 2030. “Como resultado da queda de preços das baterias, os VEs já devem atingir a paridade, ou seja, se tornarem competitivos com veículos a combustão na metade da década de 20. Porém, vale ressaltar que essa previsão não é para todos os países”, explicou Luiza Demôro, Head of Country Transition Trends na BNEF.

Para a especialista, no caso do Brasil, por exemplo, tal paridade não acontecerá tão cedo por conta do potencial de bicombustíveis que o país apresenta. Entretanto, nos Estados Unidos e em muitas nações da Europa ocorrerá, provavelmente, já em 2024.

“Então, como essa mudança será grande e rápida, estimamos que as vendas de carros eletrificados irão ultrapassar os movidos a combustíveis fósseis já na metade da próxima década em países desenvolvidos. Isso, para um período de 10, 15 anos é uma mudança muito radical”, relatou Luiza.

Segundo ela, essa situação irá impactar em muitas coisas, como aceleração ainda maior na queda de preços de tecnologias, desenvolvimento de outras tecnologias e aumento exponencial na demanda de eletricidade.

Países emergentes

A pesquisadora da BloombergNEF apontou ainda que a tendência que está sendo vista para países emergentes, pelo menos para este início de transição, é a eletrificação em frotas e não por veículos de passageiros. “Estamos vendo mais iniciativas para frotas de ônibus. Penso que esse é o passo inicial que o Brasil irá dar”, comentou.

A cidade de Indaiatuba (SP), por exemplo, já está contribuindo com essa proposta sustentável com a implementação de um projeto de substituição da sua frota de carros convencionais por modelos elétricos. De acordo com a CPFL Energia, uma das responsáveis pela iniciativa, a ação é inédita no Brasil por se tratar de carros operacionais com implementos, adaptados para a operação de campo com furgão e picape com armários para serviços técnico-comerciais, caminhão com escada central e caminhão com cesto aéreo.

Outro projeto voltado para a eletrificação é o da companhia de energia EDP, que em parceria com a BYD e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) desenvolveu, no fim do ano passado, o primeiro ônibus elétrico brasileiro movido a energia solar para fins comerciais. O veículo, idealizado na UTE (usina termelétrica) Pecém, no Ceará, conta com o uso de um banco de baterias que garante autonomia de 300 km.

Além deste, a BYD lançou a nova versão do Furgão eT3 no Brasil. Segundo a fabricante, o automóvel 100% elétrico possui tecnologia inovadora e recursos com maior rentabilidade. O modelo apresenta um novo pack de baterias, que reduziu o peso do veículo de 1870 kg para 1700 kg.

Foto de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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