Brasil e Estados Unidos debatem parcerias estratégicas sobre hidrogênio

Durante o encontro aconteceu o lançamento do Comitê de Ação do Hidrogênio Limpo
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Parceria entre Brasil e Estados Unidos para produção de hidrogênio verde
Objetivo do Comitê é promover troca de informações e melhores práticas Imagem: Getty Images/ MME/ Reprodução

Brasil e Estados Unidos debateram na última quarta-feira (22), parcerias estratégicas sobre hidrogênio de baixa emissão de carbono, ou hidrogênio verde. Nesse encontro, ocorreu o lançamento do Comitê de Ação de Hidrogênio Limpo do Diálogo da Indústria de Energia Limpa EUA- Brasil.

Esse projeto nasceu devido a uma discussão que aconteceu no ano passado, em Goa, na Índia, entre Alexandre Silveira, ministro do MME (Ministério de Minas e Energia), e Jennifer Granholm, secretária do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

O objetivo do Comitê é promover a troca de informações e melhores práticas, aumentar o comércio bilateral e incentivar mais parcerias e investimentos entre Brasil e Estados Unidos. 

Thiago Barral, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento, representou o ministro no encontro. Para o secretário, os dois países têm construído condições para parcerias relacionadas ao hidrogênio de baixa emissão de carbono. 

“Os países têm circunstâncias diferentes, mas têm trabalhado em conjunto para destravar milhões de dólares para o desenvolvimento do hidrogênio e mover a transição energética das duas nações”, afirmou Barral.

A próxima reunião do grupo acontecerá no segundo semestre. Participaram do debate representantes do Departamento de Energia dos EUA, do Departamento de Comércio dos EUA, do Ministério de Minas e Energia do Brasil e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 

O Conselho Empresarial da Câmara de Comércio dos EUA e a Amcham Brasil também estiveram presentes na discussão, além de representantes do setor privado dos dois países.

Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2)

Durante o evento, Mariana Espécie, diretora do Departamento de Transição Energética do MME, apresentou informações sobre o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). 

“O PNH2 é o principal arcabouço institucional para desenvolver o mercado nacional do hidrogênio de baixa emissão de carbono. O objetivo do programa foi trazer uma estratégia transversal, envolvendo diversos atores governamentais. O estabelecimento de parcerias internacionais também faz parte das estratégias estabelecidas pelo Brasil”, comentou.

O Brasil possui potencial técnico para produzir 1,8 gigatoneladas de hidrogênio ao ano. Várias regiões do país estão com projetos em desenvolvimento na área, que totalizam mais de US$30 bilhões em investimentos anunciados. 

A diretora explica que o país está projetando seu próprio sistema de certificação para conseguir a aprovação do governo federal sobre o nível de emissões de carbono do hidrogênio que será produzido no país em um esquema de adesão voluntária.

De olho nas metas 

Em 2023, o Plano de Trabalho Trienal do PNH2, estabeleceu marcos temporais e prioridades do Brasil para a estruturação da economia do hidrogênio. Uma das prioridades do Plano é disseminar até 2025, no país, plantas piloto de hidrogênio de baixa emissão de carbono. 

A meta para 2030 é a consolidação do país como o mais competitivo produtor da molécula em âmbito mundial. Até 2035, o objetivo é consolidar hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono.

“Outra prioridade definida pelo PNH2 é intensificar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para hidrogênio, inclusive com a meta de multiplicar em sete vezes, até 2025, o investimento anual em recursos públicos e publicamente orientados para pesquisa e desenvolvimento no setor”, destacou o secretário Barral durante a reunião.

 


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