A ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), apoia a conclusão da adesão do país à ASI (Aliança Solar Internacional) – acordo intergovernamental que reúne as nações detentoras dos melhores recursos solares do planeta.
Atualmente, integram a ASI nações como Índia (idealizadora do acordo), China, México, Nigéria, Argentina e Austrália.
Para a ABSOLAR,a medida ampliaria o protagonismo do Brasil no uso e desenvolvimento da tecnologia solar fotovoltaica ao nível mundial já que o país possui alto índice de radiação solar.
Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, acredita que com a adesão, o país poderia se beneficiar de programas e ações multilaterais em diversas áreas do setor solar, como financiamento, políticas públicas, regulação, modelos de negócio, tecnologia, entre outras.
“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, mas está atrasado frente aos demais países no uso da energia solar fotovoltaica. Fechamos 2019 na 16ª posição no ranking mundial da energia solar, muito aquém do nosso potencial imenso. Nas outras fontes renováveis, o Brasil é liderança mundial: estamos em 2º lugar na fonte hídrica, 2º lugar na biomassa e 8º lugar na eólica”, comentou Sauaia.
“Precisamos recuperar o tempo perdido e nossa participação plena na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica em nosso País e nos posicionarmos como um ator relevante neste setor, cada vez mais estratégico no cenário mundial”, acrescentou o executivo.
Na mesma perspectiva, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, em mensagem gravada para a terceira assembleia geral da ASI, que a energia solar tem papel essencial na transição para um futuro com baixas emissões de carbono e na promoção de segurança energética no mundo.
“A geração solar está rapidamente se consolidando como uma fonte segura e acessível no Brasil”, destacou o ministro.
ASI (Aliança Solar Internacional)
A ASI foi lançada durante a COP 21 (Conferência do Clima em Paris), em 2015, e posteriormente formalizada em Nova Delhi, Índia, em 15 de novembro de 2016. Entre os objetivos estão reduzir o custo da energia solar, mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação maciça de energia solar até 2030 e preparar o caminho para novas tecnologias usando o Sol como recurso primário.
O pedido de entrada do Brasil na ASI foi encaminhado pela presidência da República ao Congresso Nacional, em regime de prioridade, e aguarda a apreciação pelo Plenário do Legislativo Federal. Segundo o Executivo, a adesão do Brasil à ASI não deve implicar em custos ou em aportes de recursos por parte do governo brasileiro.