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Alta na tarifa é janela de oportunidade para investimento em energia solar

Em Minas Gerais, a fatura deverá ficar 11% mais cara, de acordo com a Cemig

Autor: 11 de abril de 2023Opinião
3 minutos de leitura
Alta na tarifa é janela de oportunidade para investimento em energia solar

Tarifa de energia em Minas poderá superar, facilmente, o valor de R$ 1 por kWh. Foto: Prefeitura de Bom Despacho/Divulgação

As tarifas elétricas residenciais registraram aumento de 70% nos últimos oito anos, entre 2015 e 2022. A elevação supera uma inflação de 58% (IPCA) e de 9% no mercado livre de energia, no mesmo período, de acordo com uma recente pesquisa da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).

Em 2023, em Minas Gerais, a fatura deverá ficar 11% mais cara, de acordo com a Cemig, superando, e muito, os 5,96% previstos para o IPCA para o ano.

A alta resulta de diversos fatores, entre eles a liminar concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) suspendendo o cálculo diferenciado na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o setor de energia elétrica.

Em Minas, a tarifa sem os tributos atualmente é de R $0,653 por kWh consumido. Com os impostos, o valor passa para aproximadamente R$ 0,833 por kWh gasto.

Os mineiros também sentirão o impacto de outra norma. A ANEEL autoriza as empresas de energia elétrica a aplicar uma revisão tarifária a cada quatro anos, e em abril, a Cemig deverá divulgar em quanto ficará este aumento.

Ou seja, a tarifa de energia em Minas poderá superar, facilmente, o valor de R$ 1 por kWh, sem considerar a aplicação das “bandeiras tarifárias” usadas como forma de tentar inibir o consumo de energia elétrica nos meses de estiagem.

Neste cenário, o investimento em energia solar se torna cada vez mais atraente e acessível, com linhas de crédito generosas.

Do ponto de vista econômico, o dinheiro aplicado para a compra e instalação dos equipamentos começa a “se pagar” já no primeiro dia de uso, com payback de quatro a sete anos, dependendo do estado onde está instalado.

Como a vida útil das placas é de até 25 anos, o usuário pagará apenas a taxa de uso da rede de energia elétrica por um período de 18 a 21 anos.

Além disso, o excedente de energia produzida e não utilizada pode ser negociado com a própria empresa de distribuição local ou por meio de cooperativas, o que ajuda a reduzir o tempo de pagamento do montante investido.

Esta energia excedente pode ser usada até por quem não tem espaço para colocar as placas na propriedade. Por meio de cooperativas e planos de assinatura, é possível conseguir desconto médio na conta de luz de 10% a 20%, dependendo do contrato, desde que dentro da mesma área de concessão das operadoras.

Independentemente da solução escolhida para adotar a energia solar, o bolso e o planeta agradecem.

Bruno Catta Preta

Bruno Catta Preta

Bruno Catta Preta, diretor de relações institucionais da Genyx. Coordenador da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar) em Minas Gerais. Graduação em Administração de Empresas.

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