A América do Sul deverá liderar o crescimento global de investimentos em energia renovável nos próximos cinco anos – é o que afirma uma pesquisa realizada pelo escritório de advocacia londrino Ashurts.
O relatório, intitulado Powering Change: Energy in Transition, reuniu opiniões de mais de 2 mil líderes empresariais de todos os países do G20 – grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo – e destacou três fontes dominantes de geração renovável nas quais os entrevistados estão investindo ou planejam fazê-lo. A mais favorecida é a energia solar, seguida da eólica, hidrelétrica e eólica onshore.
Quando questionados, por exemplo, sobre a importância de projetos renováveis como parte da transição energética, 42% dos entrevistados no Brasil e 44% no México afirmaram ser um caminho essencial para alcançar esse patamar de mudança. Com esses índices, os dois estão entre os cinco principais países.
Além disso, o estudo apontou que os investidores do G20 de dentro da América do Sul já têm aportes em empreendimentos renováveis. A maioria, 66%, estão no Brasil investindo em energia solar e eólica.
Por que a América do Sul?
Segundo a Ashurts, a América do Sul se destacou por conta de suas disponibilidades de irradiação solar e de recursos eólicos que proporcionam oportunidades nessas duas fontes. Ao mesmo tempo, há a aceleração de investimentos em busca da descarbonização da matriz elétrica, resultado da pressão da sociedade sobre as corporações e governos.
Outros dados
Mais da metade, 52%, dos entrevistados disse que estava investindo atualmente em energia solar, à frente da hídrica, 43%, e eólica onshore, 42%. Outros 22% comentaram que estavam pensando em investir em energia fotovoltaica pelos próximos cinco anos. Ou seja, isso significa que quase três quartos (74%) das pessoas veem um papel da energia solar em seus planos de investimentos atuais ou futuros.
Covid-19
De acordo com o estudo, o conjunto de dados foi capturado antes do da crise do Covid-19 e da forte redução nos preços do petróleo. “No entanto, acreditamos que os fundamentos do mercado e as perspectivas para a transição para energia limpa permanecerão praticamente inalteradas no longo prazo”, conclui o relatório.