A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21) os contratos de empréstimos da Conta-Covid, operação criada para reduzir os impactos da pandemia da Covid-19 nas contas de luz e injetar liquidez nas empresas do setor elétrico.
Ao total, 16 bancos vão participar do pool – acordo temporário entre empresas para execução de determinado projeto – que vai financiar as distribuidoras, totalizando R$ 15,292 bilhões, dos quais R$ 14,8 bilhões serão liberados em sete parcelas até dezembro de 2020.
O primeiro desembolso está previsto para o dia 31 deste mês e será de R$ 11,8 bilhões.
O custo da operação será de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) + 3,79%, equivalente a IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) + 4,94% ao ano.
A carência vai até 15 de junho de 2021. A amortização será feita em 54 parcelas, sendo a primeira em 15 de julho de 2021 e a última em 15 de dezembro de 2025.
Bancos participantes
As maiores participações são do Bradesco BBI e do Itaú BBA, cada um com R$ 2,9 bilhões, equivalente a 18,96% de participação. Em seguida, aparecem BNDES, com R$ 2,653 bilhões (17,35%), Santander, com R$ 2,217 bilhões (14,50%), e Banco do Brasil, com R$ 1,8 bilhões (11,77%).
O restante será dividido entre Credit Suisse, Citibank, Safra, SMBC, Votorantim, Alfa, JP Morgan, Bocom BBM, CCB, BTG e ABC Brasil. A operação terá como gestor o Bradesco, que vai controlar e operacionalizar o fluxo financeiro dos recursos.
Contratos da Conta-Covid são assinados
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) assinou nesta quarta-feira (22) os contratos relativos aos empréstimos da Conta-Covid.
Participaram do evento, de forma virtual, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, bem como a diretora Elisa Bastos.