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Banco Mundial divulga dados do potencial da energia solar na América Latina

Muito ainda precisa ser feito quando o assunto é explorar o potencial de energia solar fotovoltaica na América Latina, apesar do crescimento do setor na região. Está claro que há muito trabalho por

Autor: 29 de setembro de 2020abril 2nd, 2024Opinião
5 minutos de leitura
Banco Mundial divulga dados do potencial da energia solar na América Latina

Muito ainda precisa ser feito quando o assunto é explorar o potencial de energia solar fotovoltaica na América Latina, apesar do crescimento do setor na região. Está claro que há muito trabalho por fazer e que, com o apoio massivo dos governos e de todos os segmentos da sociedade, o desenvolvimento traria incontáveis benefícios. Alguns números relevantes foram divulgados pelo Banco Mundial, que vale a pena conferir nesse post.

Ferramenta mede potencial de produção de energia solar

Um relatório divulgado pelo Banco Mundial revela que um quinto da população do planeta distribui-se entre 70 países com alto potencial para exploração da energia solar. Segundo o documento, 93% da população do mundo está situada em países com condições favoráveis à implantação de energia solar fotovoltaica com potencial para retorno positivo. Isso significa que o investimento na produção de energia limpa e mais barata terá retorno positivo em um espaço de tempo não muito longo. Os dados apontados acima estão reunidos no Atlas Solar Global, também disponibilizado pelo Banco Mundial. Essa é a primeira ferramenta que permite analisar o potencial de produção de energia solar em cada país, região ou local específico. Alguém pode dizer que tenha demorado para este serviço ser desenvolvido, mas o benefício que os dados trazem para o setor é enorme.

Potencial na América Latina

Os números pesquisados mostram que países como Argentina, Peru, Chile e México apresentam alto potencial de geração de energia solar. No caso do México, 1% da área total do país apresenta potencial de produção de energia solar fotovoltaica suficiente para abastecer toda a população mexicana. O Brasil não apresenta pontos específicos de alta incidência, como acontece com o México. Nosso potencial é bem distribuído ao longo do território, a partir da região central e se desloca, principalmente, para o nordeste e para o sul. Nosso diferencial é a baixa sazonalidade, ou seja, não há épocas de alto potencial ou produção, mas, um potencial considerado positivo durante todo o ano. Contudo, já ultrapassamos 300 mil sistemas de GD (geração distribuída) conectados à rede, com 3,6 GW de potência instalada e 374 mil unidades consumidoras.

Outros fatores determinantes para o potencial energético

Nota-se que além da fonte solar, o potencial de crescimento da indústria solar determina-se pelas necessidades de eletricidade, políticas de apoio ou restritivas. Há influência, ainda, dos custos e tempo de retorno, riscos relacionados ao clima, estabilidade das redes elétricas e previsibilidade do fornecimento de energia solar. Sem falar na interconexão de redes que permitem a transmissão e a distribuição, além de outros fatores técnicos, sociais e econômicos. Sendo assim, a energia solar fotovoltaica tende a permanecer economicamente atraente mesmo em países com potencial relativamente baixo de recursos solares. Isso se deve à prevalência de altos preços da eletricidade ou à alta carga de pico de consumo diurno na indústria. Sabemos que muitos países são menos desenvolvidos em termos de confiabilidade do fornecimento e acesso à eletricidade. Nesses lugares, há uma tendência para um potencial solar fotovoltaico muito alto, até então, inexplorado.

Banco Mundial quer mais investimentos

O acesso a dados como estes informa os investidores sobre o tamanho do potencial que pode ser explorado e em qual escala. O interesse do Banco Mundial é facilitar aos investidores a tomada de decisão sobre a realização de investimentos neste setor. O Programa de Assistência à Gestão do Setor de Energia do Banco Mundial pretende incentivar mais os investimentos em países com grande potencial de produção de energia solar, seja por motivos em que a geografia favorece, ou, porque há a necessidade de aprimoramento na produção e consumo de energia. Assim, a avaliação permanente do potencial de cada país diminui os riscos do investimento neste setor. Vale dizer que, no Brasil, este mercado já acumula R$ 17 bilhões investidos desde 2012, gerando 120 mil empregos e a certeza de que ainda há muito a ser explorado.

Apoio pelo Banco Mundial

O Banco Mundial está empenhado em apoiar esses países para aproveitar a oportunidade de energia solar limpa e de baixo custo. Isso é possível de uma forma que garanta suporte ao desenvolvimento econômico e à criação de empregos. Tais medidas podem ocorrer por meio da Iniciativa de Mitigação de Risco Solar do Programa de Assistência à Gestão do Setor Energético. O apoio citado abrange a expansão de mercados para a distribuição de sistemas solares domésticos por meio da iniciativa Lighting Global. Estende-se, ainda, ao estabelecimento de mini redes verdes, investimento em parques solares de grande escala e infraestrutura compartilhada, em apoio ao desenvolvimento do setor privado. Esses dados representam uma enorme oportunidade para a América Latina se posicionar como um polo de energia solar. Além de fortalecer a economia e a sustentabilidade para enfrentar as questões climáticas como, as crises hídricas e outras demandas relativas a questões humanitárias. As ações do Banco Mundial são ligadas ao desenvolvimento e a diminuição da pobreza no mundo. Ver a instituição analisar o potencial dos países para a produção de energia solar e apontar o setor como vetor de desenvolvimento, a ponto de reunir dados e, com eles, auxiliar a decisão de investidores na produção de energia mais limpa e barata, só mostra que estamos no caminho correto quando trabalhamos para proporcionar maior acesso a equipamentos e tecnologia relacionados à energia solar. Para saber mais sobre as opções de financiamento de projetos de energia solar para geração distribuída, clique aqui.

Aldo Teixeira

Aldo Teixeira

Fundador da distribuidora de equipamentos fotovoltaicos Aldo Solar, sediada em Maringá (PR).

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