O MME (Ministério de Minas e Energia) em parceria com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) realizou na quarta-feira (11), o workshop “Novos paradigmas do planejamento da expansão da transmissão para a conexão de plantas de produção de hidrogênio: Como reduzir a assimetria de informação e acelerar a tomada de decisão”.
O evento contou com a participação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do ONS ( Operador Nacional do Sistema Elétrico). O objetivo das entidades foi compartilhar os desafios do planejamento da transmissão.
O Brasil possui, no momento, onze projetos de hidrogênio com estudos em andamento. A previsão é de que tenham capacidade instalada de 45 GW até 2038. Segundo a ANEEL e o ONS, os dados são promissores e poderão impactar profundamente o setor energético nacional para o longo prazo.
Esse fato fez com que se incluísse um estudo para expansão da Rede Básica do SIN (Sistema Interligado Nacional) na programação de Estudos de Planejamento da Transmissão da EPE para este ano.
O workshop contou com a participação de 15 diferentes entidades ligadas ao setor. As contribuições apresentadas durante a sessão definirão premissas de estudo de planejamento da expansão da transmissão, que se inicia ainda em 2024.
Thiago Barral, secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, disse que o planejamento está enfrentando dilemas, como tomar decisões sob incerteza e estabelecer referenciais para a tomada de decisão.
“O MME está recebendo a sinalização de demanda de infraestrutura de transmissão para conexão de plantas para produção e consumo de hidrogênio da escala de gigawatts”, destaca.
“Então, é importante compartilhar esse momento desafiador com as associações e agentes do setor para compreensão dos dilemas do planejador e das escolhas a serem feitas no estudo de planejamento da transmissão a ser elaborado pela EPE”, finaliza.
Segundo a EPE, os projetos estão concentrados em poucas subestações e por isso exigem investimentos adicionais em fontes e tecnologias que garantam flexibilidade e controlabilidade do sistema, assegurando a adequabilidade tanto em termos de demanda de energia quanto de potência.
Esses desafios exigem abordagem de planejamento prospectivo para transmissão e ajuste das estratégias para lidar com a dinâmica apresentada pelo mercado de hidrogênio.
Atualmente, há onze processos no MME para acesso de plantas de produção de hidrogênio à Rede Básica do SIN. Desses, seis tiveram portarias emitidas, reconhecendo a alternativa de conexão, segundo o critério de mínimo custo global, os outros cinco estão em fase de estudo.
Os projetos são eletrointensivos, escalonáveis e possuem demanda inicial de 0,9 GW em 2026 com previsão de 45,4 GW em 2038.
Fonte: MME
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