A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) iniciou a Tomada de Subsídios (TS 18/2024) para discutir a revisão das metas do programa MLA (Mais Luz para a Amazônia), envolvendo as distribuidoras Equatorial Maranhão e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
As contribuições poderão ser enviadas até o dia 8 de outubro pelo e-mail [email protected] .
A Equatorial Maranhão destaca que enfrenta desafios operacionais significativos para viabilizar novas ligações na área rural do estado.
Entre os principais obstáculos estão a extensão territorial, a baixa densidade de atendimentos nessas regiões, além das dificuldades de investimento, tanto durante quanto após a pandemia de COVID-19.
A diversidade e complexidade dos diferentes biomas do Maranhão também são apontadas como barreiras adicionais.
Por outro lado, a CEA (Certificação ANBIMA de Especialistas em Investimento) tem planos de ampliar sua meta de ligações, passando de 6.985 para 8.696, buscando expandir o acesso à energia elétrica em áreas rurais e isoladas.
O que é o programa Mais Luz para a Amazônia?
O programa Mais Luz para a Amazônia, foi criado em 2020 pelo MME (Ministério de Minas e Energia) com o intuito de promover o acesso à energia elétrica para a população brasileira localizada nas regiões remotas dos estados da Amazônia Legal.
Além de impulsionar o desenvolvimento social e econômico dessas regiões, também busca incentivar atividades que aumentem a renda familiar e promovam o uso sustentável dos recursos naturais locais, integrando esforços governamentais em diferentes níveis para promover a cidadania e melhorar a qualidade de vida da população.
Em maio deste ano, o MME afirmou que o projeto já beneficiou mais de 150 mil famílias na região, só por meio da energia solar. As famílias foram contempladas com acesso à eletricidade a partir de kits com painéis fotovoltaicos, inversores, controladores e baterias de lítio.
Como a energia solar pode contribuir para o acesso à energia na Amazônia?
A Amazônia, onde se localiza o maior patrimônio de biodiversidade do planeta, tem um papel crucial no equilíbrio climático global, sempre teve desafios relacionados à energia elétrica.
A necessidade de energia na Amazônia não se restringe apenas à iluminação e ao aquecimento, mas também se estende a setores essenciais como a saúde, educação e desenvolvimento econômico.
Por exemplo, muitas comunidades que dependem da pesca perdendo parte de sua produção por não terem como armazená-la adequadamente devido à falta de energia elétrica.
De acordo com a Amazonas Energia, o fornecimento de eletricidade possibilitou a instalação de pequenos negócios em muitas residências, como tabernas, mercadinhos e vendas de peixe.
Esses empreendimentos geraram uma fonte de renda para os residentes, que antes lutavam para sobreviver com um salário-mínimo reduzido. Além disso, a disponibilidade de energia ajudou a reduzir o êxodo rural, mantendo os moradores em suas comunidades.
O acesso à energia confiável pode transformar a vida nas áreas remotas, promovendo melhor qualidade de vida e oportunidades econômicas.
No estado do Amazonas, a geração de energia elétrica é predominantemente baseada em petróleo, óleo diesel e óleo combustível, que juntos respondem por aproximadamente 70% da produção.
A introdução da energia solar pelo programa MLP proporciona benefícios ambientais significativos.
A solar, sendo uma fonte limpa e sustentável, reduz a dependência de combustíveis fósseis, o que, por sua vez, diminui as emissões de gases de efeito estufa e a poluição do ar associada aos métodos de geração de energia não renováveis.
Foto: Unicamp/Reprodução
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