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Brasil atinge marca histórica de 7 GW em energia solar fotovoltaica

Segundo a ABSOLAR, a fonte fotovoltaica já gerou mais de 210 mil empregos no país

Autor: 24 de novembro de 2020Brasil
4 minutos de leitura
Brasil atinge marca histórica de 7 GW em energia solar fotovoltaica

O Brasil acaba de atingir um marco histórico. Segundo levantamento realizado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o país alcançou 7 GW de potência operacional da fonte solar, em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos.

“A energia fotovoltaica cresce, aceleradamente, porque reduz as despesas das famílias, comércio, serviço e da indústria. Chegamos a 7 GW, metade da usina hidrelétrica de Itaipu”, disse Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

“No entanto, estamos apenas começando. O Brasil possui, por exemplo, cerca de 410 mil UCs (unidades consumidoras) abastecidas por energia solar fotovoltaica para uma população de cerca de 210 milhões de habitantes. Para efeito de comparação, a Austrália conta com 8 milhões de habitantes e já tem 2 milhões de UCs abastecidas por solar. Lá, continua expandindo, e isso mostra também o potencial de crescimento no nosso país”, ressaltou Koloszuk.

Geração centralizada

De acordo com a entidade, no segmento de GC (geração centralizada), o Brasil possui 3 GW de potência em plantas fotovoltaicas, o equivalente a 1,6% da matriz elétrica do país. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21/MWh.

Atualmente, as usinas de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros: na região Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte); Sudeste (Minas Gerais e São Paulo); e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 15 bilhões.

Geração distribuída

Já em GD (geração distribuída) são mais de 4 GW de potência instalada da fonte solar, que representam R$ 20 bilhões em aportes acumulados desde 2012. A tecnologia fotovoltaica é utilizada em 99,9% de todas as conexões distribuídas do Brasil.

Com relação ao número de sistemas instalados, a ABSOLAR apontou que os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 72,8% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,3%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,5%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 38,5%, seguidos por consumidores residenciais (38,0%) e rurais (13,2%), indústrias (8,9%), poder público (1,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).

GC e GD

Somando as capacidades instaladas dos segmentos de GC e GD, a fonte fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis.

No entanto, a solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.

A associação destacou ainda que, desde 2012, energia fotovoltaica já trouxe mais de R$ 35 bilhões em novos investimentos ao país e gerou mais de 210 mil empregos acumulados.

Segundo Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico do Brasil, sobretudo para ajudar na recuperação sustentável da economia, já que se trata da fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo.

“A solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do país. O setor trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o país a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta Sauaia.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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