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Apesar das perspectivas de apoio político ao segmento fotovoltaico serem incertas, o Brasil apresenta um dos maiores incrementos em instalações até 2027. É o que apontou o Global Market Outlook, da Solar Power Europe.
De acordo com o relatório, o país está na sexta colocação, adicionando 44 GW entre 2023 e 2027, o que corresponde a uma taxa anual de crescimento de 23%. No total, as projeções indicam que o Brasil terá 68 GW nos próximos cinco anos.
“Embora o Brasil tenha registrado um aumento das instalações fotovoltaicas em 2022, que se espera que continue em 2023 até à conclusão dos projetos, prevê-se um ritmo mais lento a partir de 2024”, apontaram.
A Solar Power Europe indicou ainda que a Turquia, junto ao Brasil, são os dois únicos países com perspectivas incertas. No caso da Turquia, embora o governo apoie a implantação da energia solar por meio de leilões e políticas de medição da rede, a situação financeira poderá revelar-se um desafio.
“A Turquia tem-se debatido com taxas de inflação muito elevadas o que pode dificultar o financiamento dos projetos”, ressaltaram. Já a Coreia do Sul, por exemplo, é o único país para o qual o estudo prevê condições meteorológicas realmente adversas para o setor solar.
A decisão do país de dar prioridade à expansão da energia nuclear em detrimento das renováveis prejudicou a implantação da tecnologia fotovoltaica. O país reduziu o seu objetivo global de energias renováveis de 30,2% para 21,6% até 2030. Em consequência, caiu da 9ª posição para a 14ª posição na classificação.
Adições globais
Em 2022, a Solar Power Europe destacou que o mundo instalou 239 GW de potência de energia solar, superando finalmente a escala TW. Isso representa 45% a mais de capacidade de energia fotovoltaica do que no ano anterior.
“Os desenvolvimentos positivos do mercado nos primeiros meses de 2023 prometem outro ano de boom solar, que deverá resultar em 341 GW de potência de energia solar recém-adicionada à rede até o final do ano – o que equivale a um crescimento de 43%”, concluíram.
