O Brasil ficou em primeiro lugar no PID (Programa de Descarbonização da Indústria), promovido pelo CIF (Fundo de Investimentos Climático) — o que garantiu ao país o acesso a um financiamento de R$ 1,3 bilhão para ampliar o uso de tecnologias limpas.
Parte desses recursos será destinada à implantação de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono, que serão selecionados por meio de uma chamada pública aberta pelo MME (Ministério de Minas e Energia) em outubro de 2024.
A expectativa é que cada dólar investido pelo CIF possa alavancar outros US$ 12,00 em financiamentos, ampliando o impacto das iniciativas apoiadas. “Iremos fortalecer nossas ações rumo a um futuro mais sustentável”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O objetivo central do PID é apoiar projetos que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no setor industrial — responsável por cerca de um terço das emissões globais.
O programa permite que até 100% dos recursos sejam direcionados a projetos liderados pelo setor privado ou que atraiam investimentos significativos nessa esfera.
Além disso, o PID dá atenção especial à proteção social, com ações para requalificação da força de trabalho e apoio a comunidades vulneráveis, visando garantir que os empregos gerados durante a transição energética sejam sustentáveis e inclusivos.
Ao todo, 26 países emergentes participaram da disputa pelos recursos. Além do Brasil, foram selecionadas iniciativas do Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão.
Segundo o CIF, os sete países escolhidos demonstraram forte engajamento do setor privado, capacidade institucional e compromisso claro com a descarbonização industrial.
“Ao aproveitar o programa, esses países estão liderando o caminho para a transformação industrial de baixo carbono e a criação de empregos verdes. Isso os posicionará para a competitividade econômica de longo prazo e para aproveitar o mercado global de bens industriais verdes, projetado para atingir US$ 2 trilhões até 2030”, destacou o CIF, em comunicado oficial.
A participação brasileira no PID foi coordenada pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, com apoio do MME, do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).
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