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Brasil terá sequência de grandes leilões de transmissão para atender projetos solares

Primeiro certame do ano já é um dos maiores dos últimos tempos e promete expandir energia em metade dos estados brasileiros

Autor: 16 de fevereiro de 2022março 3rd, 2022Brasil
3 minutos de leitura
Brasil terá sequência de grandes leilões de transmissão para atender projetos solares

Maior parte das linhas de transmissão do 1º leilão do ano estão previstas para o Estado de Minas Gerais. Foto: Pixabay

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) realizou, nesta semana, a aprovação preliminar do primeiro Leilão de Transmissão de 2022, marcado para o dia 30 de junho, na sede da B3, em São Paulo (SP).

Trata-se de um dos maiores certames de transmissão dos últimos tempos, com 13 lotes abertos para licitação, visando a construção e a manutenção de 5.291 quilômetros de linhas de transmissão e de 6.260 MVA em capacidade de transformação de subestações.

Em termos de investimento, este será um dos maiores leilões dos últimos anos: com previsão de R$ 15,3 bilhões, sendo que R$ 12 bilhões se concentrarão em Minas Gerais (Lotes 1 a 3), para escoamento da energia gerada por fontes renováveis, sobretudo de energia solar. 

Ao todo, serão 31 mil empregos diretos gerados durante o período de construção dos empreendimentos, que contam com prazo de conclusão de 42 a 60 meses, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. 

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O que o tamanho deste 1º leilão de transmissão revela? 

Bernardo Marangon, diretor da Exata Energia e engenheiro eletricista com experiência em projetos de GC (geração centralizada), explica que o primeiro certame do ano é muito maior do que em anos anteriores. “Devemos entrar agora numa sequência de grandes leilões para atender novos projetos de energia renovável, sobretudo de energia solar”, avalia.

Ele explica que, por causa disso, um dos grandes desafios dos leilões para os próximos anos será, justamente: “crescer para atender a demanda gigante de projetos renováveis que estão saindo, sobretudo no norte de Minas Gerais e no Nordeste”, afirma.  

Outro desafio apontado por Marangon será aumentar a capacidade de exportação de energia entre os sub mercados das regiões nordeste e sudeste. “Isso tem sido uma grande preocupação dos investidores em projetos do Nordeste e, na minha visão, a EPE tem a missão de tentar reduzir, ao máximo, essas limitações que acabam fazendo com que o PLD tenha descolamentos de preços entre estes submercados”, destacou. 

O diretor da Exata Energia comenta ainda que uma das soluções que poderiam ser estudadas para apoiar a transmissão de energia seriam os investimentos em armazenamento. “Vejo como uma solução para resolver esta concentração de energia que a solar traz nestas regiões nos horários com mais sol. Ou seja, na minha visão, o armazenamento centralizado, deveria entrar na concorrência das novas linhas de transmissão afim de utilizar de forma mais eficiente estes ativos”, reforça.

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

Um comentário

  • Paulo KEv disse:

    Lamentável decisão, projetos vencidos e errados. A miopia dos planejadores deverão ser questionada desde já num ação técnica/ estratégica e política!

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