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A carga de energia elétrica do país atingiu 79.896 MWmed em 2023, crescimento de 5,1% em relação a 2022. A previsão inicial apontava para uma variação de 3,5%. Os dados já incorporam o impacto da micro e minigeração distribuída.
Veja como ficou a variação de carga por submercado em 2023:
- Norte (13,2%);
- Nordeste (6,4%);
- Sudeste/Centro-Oeste (4,2%);
- Sul (2,6%).
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema), as altas temperaturas causadas pelo El Niño contribuíram para elevar a carga de energia, que representa a soma do consumo e das perdas elétricas no SIN (Sistema Interligado Nacional).
O El Niño é um fenômeno climático que altera o regime de chuvas nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste e eleva as temperaturas nas regiões Norte e Nordeste. Ele está caracterizado no Brasil desde fevereiro de 2023 e atingiu seu pico em janeiro deste ano. Segundo os meteorologistas, a tendência é que a intensidade do El Niño diminua até outubro.
Em dezembro, o ONS registrou expansão de 10,5% na carga ante ao mesmo período em 2022. As regiões que apresentaram maior variação foram no Norte (12,4% – 7.249 MWmed) e no Nordeste (12,4% – 13.373 MWmed). Na sequência, estão o Sudeste/Centro-Oeste, 12,3% (45.543 MWmed) e o Sul, 2,7% (13.732 MWmed).
“No último mês de 2023, as temperaturas acima da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, causadas pelo fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, foram relevantes. Outro destaque que pode ter impactado na carga foi uma melhora no desempenho da indústria. Além disso, excepcionalmente em 2022, aconteceu entre novembro e dezembro, a Copa do Mundo de Futebol, impactando na carga no período”, disse o ONS em nota.
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