O consumo de energia elétrica no país cresceu 1,4% no primeiro semestre, alcançando a marca de 66.760 MW médios. Segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o resultado é reflexo do bom desempenho da indústria mineradora e do crescimento das atividades do comércio e dos serviços, mesmo que as temperaturas mais amenas, sobretudo as registradas em janeiro e abril, tenham levado a uma menor demanda pela utilização de aparelhos de ar-condicionado.
O mercado livre de energia, onde empresas podem escolher o seu fornecedor, o crescimento foi de 5,2%, impulsionado pelo ritmo acelerado de migrações. Somente no primeiro semestre, mais de 3,3 mil novas unidades consumidoras ingressaram no segmento.
O ambiente regulado, por sua vez, apresentou uma redução de 0,7%, causada pela presença crescente da micro e minigeração distribuída, por fatores climáticos e pelo próprio volume de agentes que deslocaram-se para o mercado livre.
Consumo por atividade econômica
Entre os 15 setores da economia que adquirem energia elétrica no mercado livre, a CCEE constatou crescimento em onze deles em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Destaca-se o comércio e a extração de minerais metálicos, impulsionados pelo aumento das atividades em supermercados, com o arrefecimento da inflação, e pelo cenário favorável às exportações de minérios. O setor de saneamento também apresentou uma taxa significativa de aumento, atribuída às migrações de grandes consumidores desse segmento para o mercado livre.
Na avaliação regional, as maiores altas ficaram concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para o Maranhão e o Pará. Em ambos, o aumento reflete o consumo das indústrias metalúrgicas e fatores climáticos, sendo que, no caso maranhense, a alta expressiva é resultado também da retomada contínua da produção de uma importante planta do segmento de alumínios.