O Brasil destaca-se como um dos países com maior potencial para a extração de lítio no mundo, juntamente com Austrália, China, Estados Unidos, Chile, Argentina e Canadá.
A produção nacional concentra-se no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que ascendeu do 11º lugar para o terceiro em termos de faturamento entre 2021 e 2023, ficando atrás apenas do ferro e do ouro.
De acordo com dados do MME (Ministério de Minas e Energia), a extração de lítio em Minas Gerais atingiu um valor de comercialização de R$ 1,44 bilhão entre 1º de janeiro e 25 de julho de 2023.
Isso indica que a marca de R$ 1,45 bilhão alcançada em 2022 será em breve ultrapassada. Para efeito de comparação, o comércio do mineral registrou R$ 271,6 milhões em 2021, mostrando um crescimento de 436,16% entre 2021 e 2022.
O lítio é um elemento essencial para a produção de baterias de íons de lítio, utilizadas desde celulares até carros elétricos. Estima-se que 70% do lítio produzido no mundo seja destinado à fabricação de baterias, embora outras indústrias também consumam o metal, como os setores de cerâmica e vidro.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatiza que a mineração de lítio na região do Vale do Jequitinhonha representa uma oportunidade única para inserir o Brasil como protagonista global na produção desse mineral crucial para a transição energética. Além disso, é uma chance de gerar empregos, renda e desenvolvimento social para a população local.
“O Brasil tem um solo fértil de oportunidades e o nosso Jequitinhonha tem mostrado isso, chamando a atenção do mundo inteiro com o lítio, principalmente o verde. Na última semana, no G20, pudemos fortalecer as relações e o protagonismo do Brasil, sob a liderança do presidente Lula, na relação dos países do sul global com os países desenvolvidos. Sabemos que os minerais críticos serão fundamentais para a transição energética, então temos que trabalhar em cima destes potenciais brasileiros conciliando políticas públicas que tragam retornos sociais importantes para a nossa sociedade e que garantam a sustentabilidade”, disse o ministro Alexandre Silveira.
Com esse propósito, o MME está elaborando um programa multissetorial e específico para a região do Vale, que vai além da mineração. O objetivo é que a atividade mineradora seja um meio de desenvolvimento regional, com o Governo Federal fornecendo políticas públicas que englobem melhorias na infraestrutura (rodoviária e ferroviária), educação e capacitação profissional, bem como programas sociais para a população local.
Recentemente, o Ministro Silveira se reuniu com a CEO da mineradora Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner. A Sigma enviou a primeira carga de lítio verde do mundo na semana passada, a partir do Porto de Vitória, no Espírito Santo.
O lítio extraído no Vale do Jequitinhonha possui o selo triplo zero, ou seja, é livre de carbono, rejeitos e substâncias químicas nocivas. Essa carga foi enviada para a China, onde o lítio será transformado em baterias para uso global.
A primeira remessa continha 15 mil toneladas de lítio verde triplo zero, além de outras 15 mil toneladas de subprodutos ultrafinos de alta pureza. Até o final do ano, a estimativa é exportar cerca de 130 mil toneladas. A empresa afirma que a atividade na região gera mil empregos diretos e outros 13 mil indiretos.
8 respostas
Uma vergonha! Se temos o Litio e a tecnologia, capacita-se mão de obra das regiões produtoras e produzem as baterias aqui no Brasil, agregando valor. A região é carente de tudo, nada mais justo que incentivar o progresso e tirar o povo da miséria. Esses governantes são todos incompetentes e trabalham para a elite dominante.
Porque o Brasil não usa este mineral para fabricar as baterias aqui mesmo e agregar mais valor
espero que esse mineral traz
mais qualidade de vida pra população local mesmo por que esse local foi esquecido por vários governos estaduais e federais e prefeitos tem que ficar de olhos pros políticos corruptos não tomarem a riqueza do vale do jequetinhoa sem foi o mapa da fome porque governo federal pra ele é só o nordeste que passa fome
Sim, somos um país de do futuro, com muito potencial. Só que o futuro é para as outras nações virem aqui e levá-lo. Essa narrativa já conheço a mais de 40 anos.
Quais subprodutos ultrafinos de alta pureza?
Esperamos que o que é dado retirado da natureza seja distribuído igualmente para todos não venha ter acúmulo de riqueza nas mãos de poucos ou fique alimentando a corrupção!!!
Brasil, entregando tudo, como de costume.
Não vamos se transformar em um simples exportador de lítio. Depois comprar a bateria pelo preço que os chineses quiserem. No final vai ficar para a próxima geração apenas o buraco.