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Cemig anuncia reajuste de até 15,55% na conta de luz

Medida passa a valer a partir de 28 de maio para 9,1 milhões de unidades consumidoras de MG
Cemig anuncia reajuste de até 15,55% na conta de luz
Empresa atende a 9,1 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios mineiros

Os consumidores da Cemig terão reajuste de até 15,55% na conta de luz a partir de 28 de maio. A Revisão Tarifária Periódica da companhia foi aprovada nesta terça-feira (23) pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O reajuste para os consumidores residenciais (B1) será de 14,91%; os clientes da Baixa Tensão sofrerão reajuste de 15,55%; e os consumidores da Alta Tensão terão reajuste de 9,84%. Com isso, o reajuste médio será de 13,27%.

A proposta feita pela Agência em março era de um reajuste médio de 10,00%. Atualmente, a empresa atende a 9,1 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios do estado de Minas Gerais.

Segundo a ANEEL, os fatores que mais impactaram no cálculo da revisão foram os custos com transporte e compra de energia, retirada de componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário, entre outros itens.

“O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública)”, disse a ANEEL em comunicado.

Na avaliação de Lucas Frangiosi, head de Sucesso do Cliente da Lead Energy, a alta na tarifa de energia tem um efeito importante no processo de inflação. “Como energia elétrica é um bem essencial usado em toda a cadeia produtiva no país, a medida em que ela fica mais cara, os produtos também ficam mais caros, e na grande maioria das vezes o consumidor acaba pagando esse custo”, pontuou.

“Além disso, o aumento na conta de luz aumenta a desigualdade social. Isso porque a alta na energia elétrica afeta mais as classes que possuem menos renda. Apesar do programa de consumidores de baixa renda existir, o subsídio dado pelo governo mitiga só uma parte do custo da energia, e qualquer aumento pode ser sentido de forma bastante significativa”, acrescentou.

A ANEEL também aprovou os limites para os indicadores de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e de FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) da distribuidora para o período de 2024 a 2028.

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Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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