A relação entre Brasil e China segue se estreitando cada vez mais. A diretora-executiva do Conselho Empresarial Brasil-China, Claudia Trevisan, revelou, na semana passada, em painel temático realizado no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, que cerca de 43% do estoque de investimentos chineses no Brasil são destinados ao setor elétrico.
“Houve um aumento expressivo que transformou o segmento no principal pilar dos investimentos chineses no Brasil”, explicou Claudia.
O setor de petróleo e gás vem em seguida, com 28% dos aportes chineses. Segundo a diretora, há 20 anos a relação econômica entre os dois países era pequena, mas veio se intensificando e em 2010 houve o maior volume de investimentos, um montante de US$ 13 bilhões.
Zhao Jianqiang, CEO da CTG (China Three Gorges Corporation) no Brasil, considera o país como um mercado fundamental e que quer ampliar a participação por aqui. O executivo diz se impressionar com o modo como o Brasil desenvolve o seu setor elétrico, baseado na energia limpa.
Já Qu Yuhui, ministro-conselheiro e porta-voz da embaixada da China no Brasil, lembrou que as empresas chineses conseguiram êxito nas suas investidas no Brasil nos últimos anos, o que lhes deu experiência para a sua expansão. Para ele, o pós-pandemia traz desafios e oportunidades para os países emergentes.
Atualmente, grande empresas chinesas já atuam no mercado fotovoltaico brasileiro. Entre elas, a BYD, Risen, Trina, Jinko, JA Solar, DAH Solar e Yingli brigam por participação no mercado brasileiro com equipamentos importados.
Fernando Castro, diretor de vendas da Risen, destacou essa relação entre Brasil e China e comentou que o mercado fotovoltaico deve expandir mundialmente cada vez mais.
“Em nossos estudos, devido market share interno e outras condições favoráveis, a Índia, China, Estados Unidos e Brasil serão os líderes em compra de equipamentos de energia solar durante os próximos 10 a 20 anos”, acrescentou Castro.