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China é um dos principais players do setor elétrico brasileiro

Estudo realizado pela Universidade de Boston aponta que 14 empresas já investiram US$ 36,5 bilhões no Brasil

Autor: 16 de fevereiro de 2021Brasil
3 minutos de leitura
China é um dos principais players do setor elétrico brasileiro

A China é um dos principais players do setor elétrico operando no Brasil. É o que apontou um estudo do Centro de Política de Desenvolvimento Global da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, o país asiático assumiu este posto por meio de uma combinação de fusões e aquisições, investimentos estrangeiros e um processo contínuo de internacionalização do mercado brasileiro.

Em 2019, eles representavam 10%, 12% e 12% dos segmentos de geração, transmissão e distribuição do Brasil, respectivamente. Ocupando o segundo, terceiro e quarto lugares em termos de porcentagem de nacionalidades.

“A influência da China na indústria de energia elétrica do Brasil continuou a crescer significativamente em três áreas: investimentos, projetos de construção e empréstimos. O Brasil possui ricos recursos naturais, ampliando a capacidade instalada e a demanda por redes de energia”, disse Desheng Lei, especialista em mercados de energia elétrica e diretor de vendas da Solis.

“Ademais, boas condições de mercado, legais e políticas, aliadas à capacidade financeira e tecnológica da China, criaram as condições ideais para a chegada de empresas chinesas. Existem mais companhias da China nas áreas de geração de energia, transmissão e desenvolvimento de energias renováveis ​​no Brasil”, acrescentou Lei. 

Mais dados

O levantamento indicou ainda que pelo menos 14 empresas elétricas chinesas estavam, ou estão investindo, ou operando no Brasil, incluindo State Grid, China Three Gorges (CTG), China General Nuclear Power (CGN) e State Power Investment Corporation (SPIC). 

Estas e outras companhias investiram e estiveram envolvidas em projetos de construção no país que somam US$ 36,5 bilhões até 2019. “No final de 2019, essas companhias possuíam integral, ou parcialmente, 304 usinas em território brasileiro, que totalizavam 16.736 MW. Isso é quase 10% do sistema nacional”, apontou a Universidade de Boston.

Por fonte, 70% da capacidade elétrica chinesa no Brasil há dois anos foi em energia hidrelétrica (11.798 MW). A eólica consumiu 17% (2.888 MW), e biomassa, solar, petróleo e carvão representaram 5% (759 MW), sendo 4% (680 MW), 3% (532 MW) e 1% (79 MW), respectivamente. 

Fernando Castro, Country Manager da JA Solar no Brasil, destacou essa relação entre Brasil e China e comentou que o mercado fotovoltaico deve expandir mundialmente cada vez mais.

“Em nossos estudos, devido market share interno e outras condições favoráveis, a Índia, China, Estados Unidos e Brasil serão os líderes em compra de equipamentos de energia solar durante os próximos 10 a 20 anos”.

Análise por estado

De acordo com o estudo, as 304 usinas chinesas instaladas estão localizadas em 17 estados e presentes em todas as cinco regiões do país. O Nordeste concentra a maior parte das plantas (160) e o Sudeste a maior capacidade (10 GW). 

Com relação ao total investido, o Sudeste recebeu 66%, pois São Paulo foi o principal destino dos recursos. O Nordeste veio em segundo lugar com 11%, seguido pelo Centro-Oeste com 10%, Sul com 7% e Norte com 6%.

Empresas que mais investiram

A State Grid, por conta dos negócios com a CPFL e Belo Monte, é a empresa chinesa que mais investiu no Brasil, representando 56% do aporte total do setor de energia da China, seguida pela CTG com 27%, CGN com 6% e SPC com 3%.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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