Discutir os desafios ambientais e os impactos da transição energética na geração de oportunidades de desenvolvimento socioeconômico de comunidades e territórios populares do Rio de Janeiro. Este foi o principal objetivo do lançamento do projeto Circo Solar.
O evento reuniu lideranças públicas e privadas, ambientalistas, representantes das empresas do setor de energia, comunidade acadêmica, organizações da sociedade civil e moradores da região.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Revolusolar a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e empresas do setor solar, como a fabricante AE Solar.
“A iniciativa é muito relevante para a região, e temos orgulho de poder fazer parte desse processo que traz energia limpa e capacitação profissional para as comunidades locais”, ressaltou Ramon Nuche, diretor da AE Solar no Brasil.
“Queremos levar este modelo para a região central do Rio de Janeiro, que é uma região muito importante para a cidade e tem a presença de muitas comunidades de baixa renda que sofrem muito com ilhas de calor e energia cara e de má qualidade”, destacou Eduardo Ávila, diretor Executivo da Revolusolar.
“Com este projeto do Circo Solar pretendemos mobilizar as empresas de energia do Centro e fazer com que este seja o primeiro passo da construção de um bairro solar na região central no Rio de Janeiro, nos equipamentos públicos de saúde, culturais e nas comunidades de baixa renda”, acrescentou.
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O evento contou com a participação de Eduardo Cavaliere, secretário Municipal de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro; Alexandre Tavares, diretor de Gás, Energia e Novos Mercados da Vibra Energia; Ilan Cuperstein, vice-diretor regional da C40 para América Latina; Fábio Côrtes, gerente Executivo de Transformação Estratégica do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico); Ramon Nuche, diretor Geral da AE Solar; Eduardo Ávila, diretor Executivo da Revolusolar e Fabyane Soares, coordenadora de Cuidado Sociofamiliar e Desenvolvimento Comunitário do Circo Crescer e Viver.
O Circo Solar integra a realização da transição energética do Circo Crescer e Viver para energia solar e oferece capacitação técnica em energia fotovoltaica para 17 jovens da região. De acordo com Ávila, 90% dos profissionais que estão recebendo capacitação são negros ou pardos e 60% são mulheres.
“Neste projeto, no eixo de formação profissional, vamos formar 17 moradores de comunidades de baixa renda no entorno principalmente do Morro de São Carlos como instaladores de energia solar. Já foram selecionados e as aulas começam na última semana de março. Eles vão participar da segunda etapa da instalação do circo e de todas as instalações que pretendemos fazer na região central”, concluiu Ávila.