Aproximadamente mil profissionais, em sua maioria mulheres, marcaram presença na 2ª edição do Congresso das Mulheres da Energia, realizado em Brasília (DF) nos dias 7 e 8 de março.
O congresso teve exclusivamente mulheres entre as palestrantes. O público participante foi bem diversificado, reunindo CEOs, pesquisadoras, engenheiras, advogadas, empreendedoras, investidoras e demais profissionais que atuam no setor.
Para Lúcia Abadia, idealizadora do congresso, “o impossível não existe para aqueles que têm fé e determinação”. “Num segmento responsável por gerar 11,5 milhões de empregos no mundo e com perspectiva de criar 42 milhões de empregos até 2050, as expectativas são as mais positivas possíveis para as mulheres”, lembra Lúcia.
Durante o evento, foram explorados os temas relacionados à regulamentação do setor elétrico, as tendências para o mercado de energias renováveis, modelagem de negócios nos segmentos de GD (geração distribuída) e Mercado Livre de Energia, diversidade e representatividade feminina.
O primeiro dia foi aberto com o painel “Propostas para o setor de energia brasileiro”, que abordou a modernização do setor elétrico brasileiro e a transição energética do país.
O painel teve a participação de Adriana Drumond, superintendente da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica); de Isabela Sales Viera, chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios da Secretaria-Executiva do MME (Ministério de Minas e Energia); e de Renata Isfer, sócia-fundadora da Interalli Gás e Energia.
No período da manhã ainda teve o painel “Energia solar e seu crescimento no mercado nacional”, com a moderação de Miriam Diniz, da Elétron Energy; Clarissa Zomer, da Arquitetando Energia; Luana Velasco, professora da unidade de Brasília; Ana Carolina Ribeiro, da Evoltz; e Paula Klajnberg, da Electy.
Já no período da tarde de terça (7), foi abordada a regulamentação da Lei 14.300, pela Bárbara Rubim, da Bright Strategies; Elbia Gannoum, da Abeeólica; Carolina Dias, da Rgmegus e Pontes Advogados; e Ana Capelhucknik, da Lemon Energia.
Outro tema explorado no primeiro dia foi a educação profissional em energias renováveis como caminho para que mais mulheres atuem no setor. Durante este painel, explorou-se a importância da qualificação profissional, quais programas educacionais existem no país e como as mulheres podem se capacitarem profissionalmente.
Este painel contou com a participação de Saunaray Barra, do Senai MG; Caroline Dutra, da GIZ Projetos Interligados; Karina Ribeiro, do Instituto Eldorado; Lúcia Abadia, idealizadora do congresso; e Liza Rocha, da Oca Solar Energia.
O encerramento do primeiro dia foi com o painel “Energia para quem: novas renováveis em biomas sensíveis”, que abordou a realidade de profissionais que atuam em comunidades que não estão no SIN (Sistema Interligado Nacional).
Exploraram esse tema a professora Moema Hofstaetter, pesquisadora da LISAT/UFRN; Jussara Salgado, responsável pelo projeto Saúde e Alegria/Santarém; Rosalina Albuquerque; a indígena Darlene Taukane, do Instituto Yukamaniru de Apoio às Mulheres Bakari; e Gerusa Alves, da Acoterra (Associação Comunitária Terra Sertaneja).
Já no segundo dia, foram debatidos temas relacionados à transição energética, à prevenção de riscos em contratos de compra e venda de energia no mercado livre, os desafios e as oportunidades no ACL (Ambiente de Contratação Livre) e estratégias de marketing digital.
A Raquel Zhou, diretora regional Latam Chint, apresentou o cenário e as oportunidades no setor de energias renováveis no cenário mundial. O tema hidrogênio verde foi explorado por Laiz Hérida, CEO da HL Soluções Ambientais, Samara Santos, engenheira da WWF e Samanta Pineda, sócia fundadora do escritório Pineda e Krahn Sociedade de Advogados.
O encerramento foi feito com a palestra “Sistemas isolados e atendimento a comunidades”, trouxe cases de aplicações de sistemas com armazenamento. A palestra foi ministrada pela Zilda Costa, diretora Comercial da Unicoba.