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Consumidor brasileiro ficou, em média, cinco vezes sem energia em 2022

Uso de baterias em sistemas fotovoltaicos é uma alternativa para eliminar o risco de ficar sem eletricidade

Autor: 4 de abril de 2023Setor Elétrico
3 minutos de leitura
Consumidor brasileiro ficou, em média, cinco vezes sem energia em 2022

Em média, foram 5,37 interrupções de energia no Brasil por consumidor em 2022. Foto: Freepik

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou o resultado do desempenho das distribuidoras na continuidade do fornecimento de energia elétrica em 2022, no qual informou que, em média, os brasileiros ficaram 10,93 horas sem energia no ano. Ao todo, foram 5,37 interrupções de rede por consumidor no ano passado.

Em seu levantamento, a Agência avaliou todas as concessionárias do país no período, divididas em dois grupos: concessionárias de grande porte, com número de unidades consumidoras maior que 400 mil; e concessionárias de menor porte, com o número de unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil.

Das empresas de grande porte, as companhias que tiveram os melhores desempenhos foram: a CPFL SANTA CRUZ e a COSERN (Companhia Energética do Rio Grande do Norte). Em contrapartida, clientes atendidos por três subdivisões da Equatorial – CEEE Equatorial, Equatorial-MA e Equatorial-GO – foram os que tiveram os piores índices.

Das empresas com até 400 mil consumidores, a campeã foi a Muxenergia, seguida por EBO (Energisa Borborema) e EFLJC (Empresa Força e Luz João Cesa), empatadas em segundo. Já as piores foram: DCELT e Cooperaliança. 

Apesar de ranquear o desempenho das empresas, a ANEEL não informou qual foi o tempo médio de desabastecimento e quantas interrupções de rede foram contabilizadas por cada uma das concessionárias brasileiras.

Baterias como solução 

Apesar de os números apresentados pela ANEEL terem sido menores do que em relação a 2021 (11,78 horas de desabastecimento e 5,99 interrupções), trata-se de um problema que ainda assim causa prejuízos não somente para consumidores residenciais, como também para indústrias e hospitais, que dependem do fornecimento ininterrupto para operar em segurança. 

Neste sentido, o uso de baterias em sistemas de energia solar é uma alternativa para eliminar o risco de ficar sem energia, já que a tecnologia tem como principal característica o funcionamento dos sistemas sem a necessidade de conexão com as redes elétricas.

Este modelo é uma opção que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, com novas tecnologias em desenvolvimento e que garantem ao consumidor o armazenamento da energia solar excedente.

Tecnologia sustentável 

Segundo o relatório World Energy Transitions Outlook 2022, publicado pela IRENA (Agência Internacional para as Energias Renováveis) em 2022, além de útil para evitar quedas nas redes, os sistemas de armazenamento também são fundamentais para o meio ambiente.

Segundo o estudo, para o planeta atingir as metas de restrição do aquecimento global, também é necessário obter melhorias substanciais na eficiência energética, eletrificação da economia, em especial do setor de transporte e aquecimento, dentre outras iniciativas.

Neste contexto, o desenvolvimento do mercado de armazenamento de energia em baterias vem apoiar o crescimento da geração de energia por fontes renováveis cuja principal característica é a intermitência. 

“O armazenamento de energia produzida por meio de fonte renovável supriria um dos maiores entraves à confiabilidade e resiliência do sistema de fornecimento de energia, lhe conferindo flexibilidade e maiores níveis de autonomia e segurança energética, sendo impulsionado pela necessidade do incentivo à economia de baixo carbono e eletrificação da frota de veículos”, pontua o relatório.  

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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