O consumo de energia elétrica deverá retomar em setembro aos mesmos níveis de 2019, indicando que o setor está se recuperando frente a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. É o que apontou a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Em agosto, o consumo ficou 0,3% abaixo do que o registrado no mesmo período de 2019. Nos meses de abril e maio, período mais agudo da crise, o consumo recuou 12,1% e 10,9%, respectivamente, na comparação com o ano passado.

De acordo com Rui Altieri, presidente da CCEE, todos os segmentos da economia já estão em processo de retomada do crescimento do consumo, seja no ambiente regulado ou livre, fortalecendo a percepção de retomada da atividade econômica após o afrouxamento das medidas de isolamento social.
Em abril, o setor elétrico chegou a marcar uma retração de 12,1% no volume consumido. Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. **Considera dados até 28/08

“O que nós temos é sinalização desde julho de normalização. Alguns setores, como serviços, transportes e comércio ainda estão com retração, mas menor que no auge da pandemia, então há uma recuperação”, disse o executivo.

“Nossa expectativa é que a partir de setembro e outubro todos os setores fiquem no mesmo patamar ou acima do ano passado”, acrescentou Altieri, ao destacar que temperaturas mais elevadas neste ano também devem influenciar em maior uso de energia.

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a carga de energia deve avançar 0,5% em setembro na comparação ano a ano.

Mercado livre verifica alta de 5,2% no consumo em agosto

O consumo de energia no mercado livre avançou 5,2% em agosto frente ao mesmo mês no ano passado, de acordo com levantamento da CCEE. No mercado regulado, porém, o consumo caiu 2,3% na mesma base de comparação, que levou a um registro de estabilidade no SIN (Sistema Interligado Nacional).

Os resultados preliminares, relativos a 1º a 28 de agosto, não consideram a migração de 905 MW médios em cargas do ambiente regulado. Expurgando os efeitos das migrações, o mercado livre teve ligeira alta de 0,5%, enquanto o regulado apresentou estabilidade (-0,1%).

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