Os registros de secas extremas e de recordes de calor pelo país elevaram a preocupação dos brasileiros com o aquecimento global e a necessidade do uso mais intensificado de energias limpas, como sistemas solares e eólicos.
Essa é uma das principais conclusões divulgadas pela pesquisa Sustentabilidade e Opinião Pública, da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A sondagem aponta que em 2022 o combate às mudanças climáticas aparecia em sexto lugar no ranking de prioridades dos brasileiros para a conservação do meio ambiente no país, sendo mencionado por 16% dos entrevistados.
No ano passado, o item saltou para o segundo lugar, sendo citado por 27% dos entrevistados, ficando atrás somente de melhorias no serviço de tratamento de água e esgoto (30%).
Já o uso de fontes menos poluentes cresceu de 9% para 12% no mesmo período, conforme mostra a imagem abaixo:
O estudo destaca que 91% dos entrevistados afirmaram ter notado a existência de mudanças de temperaturas ou no clima ao longo dos últimos anos, sendo a população de 25 a 40 anos, as que mais sentiram alterações.
Os brasileiros de 41 a 59 anos formam a faixa etária que menos acredita nos aumentos de temperaturas do planeta.
Os entrevistados com ensino médio ou superior completo são os que mais acreditam nas mudanças climáticas, enquanto que o mesmo não ocorre entre analfabetos e brasileiros sem o ensino fundamental.
Outro destaque apresentado pelo estudo aponta como os brasileiros avaliam os impactos do aquecimento global e a real necessidade de uma maior atuação da sociedade para combatê-lo num curto espaço de tempo.
Para 60% dos entrevistados, o aquecimento global é um problema muito grave; enquanto que para 31% é grave; para 5% é pouco grave e para 2% não é nada grave. Cerca de 1% dos ouvintes não opinaram ou não souberam responder.
Quando questionados sobre qual frase melhor representa melhor os seus pensamentos em relação ao tema “aquecimento global” cerca de:
- 61% avaliaram ser problema imediato e que precisa ser combatido urgentemente;
- 16% avaliaram que se trata de um problema que ocorrerá somente daqui alguns anos, mas que já é preciso ser combatido;
- 14% disseram ser algo que só vai acontecer num futuro muito distante, mas é preciso ser enfrentado agora;
- 3% disseram ser problema que ocorrerá somente daqui alguns anos e que não é preciso pressa para combatê-lo.
- 5% não souberam ou não responderam a pergunta.
Metodologia
Ao todo, o estudo entrevistou 2.021 brasileiros, com idade a partir de 16 anos, nos 26 estados do país e mais o Distrito Federal. A margem de erro da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Após a pesquisa, foi aplicado um fator de ponderação para corrigir eventuais distorções em relação ao plano amostral, informou a CNI.
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