O BNB financiou praticamente metade do montante de empreendimentos solares no Brasil. Contudo, a debênture foi a fonte de captação que mais cresceu entre os novos projetos mapeados em 2021/2022.
É o que apontou o Estudo Estratégico de Grandes Usinas Solares de 2022, realizado pela Greener. De acordo com a empresa, a debênture, diante deste cenário, é considerada uma importante fonte de financiamento.
O que é debênture?
Uma debênture é um título de dívida emitido por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Funciona como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar os seus planos.
Assim, as mesmas são valores mobiliários que representam a dívida de médio ou longo prazo. Logo, quem detém o título assegura o direito de crédito que deve ser pago pela companhia emissora.
Mais dados
Até março de 2022, o levantamento apontou que dos projetos outorgados, tanto no ambiente livre como no regulado, 4,8 GW já estão em operação, 3,9 GW estão em construção e 35 GW ainda não iniciaram a construção.
Outro ponto destacado é com relação à cadeia de grandes usinas solares no Brasil, que firmou montante de contratos de fornecimento de módulos fotovoltaicos superior a 4,3 GWp em 12 meses.
Os painéis utilizados nos empreendimentos são majoritariamente importados, representando 97% do montante acumulado.
Projetos de GC
Segundo o estudo, há uma aceleração de novos projetos que está relacionada com a ampliação dos PPAs (contrato de compra e venda de energia) e acordos de autoprodução, que superam os 10 GW.
No que se refere ao volume de PPAs solares mapeados, o mesmo chegou a 10,7 GWp, sendo que 25% dos novos contratos foram demandados pelo setor de siderurgia e metalurgia.
Status dos projetos no Mercado Livre
Ademais, a Greener destacou que, embora Minas Gerais tenha a maior potência outorgada acumulada, o estado não possui usinas fotovoltaicas em operação. As plantas em construção têm previsão de início comercial em 2022/2023.
Bahia é o estado com maior potência de usinas solares em operação, com 0,58 GW, indicou o levantamento realizado pela consultoria.
Média mensal do PLD
Outra conclusão da pesquisa é a alta volatilidade do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) em ano de crise hídrica. A partir do mês de abril de 2021 os preços passaram a aumentar, atingindo o teto de R$ 583,88 / MWh do PLD máximo estrutural em julho e agosto.