Em condições onde o inversor corre o risco de operar com temperaturas internas acima da nominal ou com uma sobrepotência do lado de corrente contínua (CC) acima da potência nominal da saída de corrente alternada (CA) do inversor, observa-se, a limitação da curva de geração, ou seja, reduz-se a performance da UFV.
Esse comportamento, denominado derating, consiste na limitação automática da potência de saída pelo inversor, a fim de manter a operação dentro de limites térmicos e elétricos seguros e, assim, reduzir o risco de sobreaquecimento e o estresse dos componentes.
O derating caracteriza uma redução controlada da geração e da entrega de potência para que o inversor não opere sob condições que possam comprometer a confiabilidade e limitações dos seus componentes internos.
Essa estratégia de autoproteção não interrompe a geração, mas a regula temporariamente e, ao longo do tempo, contribui para a maior confiabilidade e para a vida útil do sistema.
Vale ressaltar que cada equipamento possui limites próprios de operação e um esquema de redução baseado na sua temperatura. Nem todos se comportam da mesma forma: alguns podem reduzir a potência em temperaturas ou condições menos severas do que outras marcas.
2 – Região correspondente a energia que poderia ter sido gerada pelo inversor.
O fator mais recorrente associado ao derating é a temperatura. Todo inversor possui sensores e uma lógica de controle que passam a limitar a potência quando o aquecimento ultrapassa a faixa de operação térmica do equipamento. Condições como ambientes sem ventilação, incidência direta de sol são fatores que contribuem para o aparecimento do derating.
Outro fator comum, é o clipping: quando o arranjo de módulos fotovoltaicos entrega mais energia do que o limite de saída do inversor, o excedente é cortado. Um leve sobredimensionamento DC/AC tende a ser benéfico para o aproveitamento anual; o problema está no exagero, que eleva a temperatura do conjunto e aumenta a probabilidade de derating.
Além disso, a rede elétrica exerce papel relevante. Inversores operam com um teto em kVA; assim, quando a operação exige potência reativa (fator de potência diferente de 1), resta menos “espaço” para kW, e a potência ativa entregue cai mesmo sem calor extremo.
Variações de tensão e frequência também podem acionar funções de suporte que reduzem a potência para estabilizar o ponto de conexão.
Entre as marcas presentes no mercado, os inversores da AUXSOL aparecem com alguns recursos que ajudam a adiar o derating e manter a produção estável. Em todas as linhas ela suporta overload de até 100% sem derating a 45 °C, ou seja, a potência nominal é sustentada até esse patamar de temperatura ambiente.
Para lidar com calor, vários modelos empregam ventilação forçada (fan-cooling) combinada à dissipação por aletas que mistura a dissipação robusta com fluxo de ar direcionado. Além disso, a carcaça geralmente é construída com ligas de alta condutividade térmica (como alumínio), o que acelera a transferência e a dissipação do calor. Vale ressaltar que toda a linha AUXSOL possui inversores com ventilador ou exaustor.
Em linhas híbridas, a AUXSOL também tem gerenciamento inteligente de energia 24 h, com modos de operação e diagnósticos remotos — recursos que ajudam a suavizar picos, aproveitar melhor a geração e reduzir situações que poderiam levar o inversor a operar sob condições inadequadas.
Na prática, quem acompanha o monitoramento vai reconhecer o derating pelo desenho da curva: em dias frios e céu limpo, o topo pode aparecer “aparado” (clipping). Em dias quentes, a potência se acomoda abaixo do pico esperado, às vezes oscilando conforme o sistema de refrigeração operam plataformas costumam registrar alertas de alta temperatura. Isso não é “falha do inversor”: é o equipamento preservando seus componentes internos e limitações de funcionamento.
Dicas de como evitar o derating:
- Instale o inversor à sombra e espaço para ventilação: nada de locais fechados nem recirculação de ar quente; respeite os espaçamentos indicados no manual de instalação;
- Planeje a ventilação do local: caminho de ar claro entrando frio e saindo quente; mantenha entradas/saídas desobstruídas;
- Ajuste a razão DC/AC ao clima: em regiões quentes, seja mais contido no overload para não transformar ganho teórico em perda por Derating de temperatura.
- • Que o dimensionamento das séries fotovoltaicas fique dentro da faixa ótima de operação dos inversores;
- Se a operação com reativo for rotina, opte por inversores com kVA de sobra para preservar os kW sob PF ≠ 1;
- Mantenha filtros, aletas e sistemas de ventilação limpos; firmware atualizado e parâmetros de operação adequados para a rede elétrica ao qual o inversor está conectado;
- Onde o calor é constante, priorize modelos com fan-cooling e proteção IP66, que suportam melhor ambientes severos.
Lembrando que o derating não é vilão, é o inversor atuando na proteção dos seus componentes internos de forma a operarem sobre os seus limites de funcionamento nominais. O objetivo não é eliminá-lo, e sim evitar que apareçam cedo demais ou por tempo demais.
Com uma instalação e dimensionamentos adequados em conjunto com os recursos que a AUXSOL oferece (eficiência alta, ventilação ativa, proteção IP66, gerenciamento inteligente e potência nominal até 45 °C), seu projeto operará de forma mais eficiente. Além de ter uma longa vida útil, mesmo em regiões com temperatura elevada.
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